CONFIRA
Editorial - Bahia sem fome
Programa pede pressa, emergência, alerta máximo, ao referir o contexto desesperador
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O Programa Bahia sem Fome, lançado oficialmente na Assembleia Legislativa da Bahia, pelo governador Jerônimo Rodrigues, pede pressa, emergência, alerta máximo, como se queira denominar, ao referir o contexto desesperador.
Prometeu o atual chefe da casa legislativa, Adolfo Menezes, celeridade proporcional, rebaixando rotinas e debates para projetar no máximo 7 dias o período de aprovação do dispositivo da sobrevivência de milhares de baianas e baianos.
Calçar estas sandálias aladas é a imposição da natureza, pois o incômodo vem desde bebê, quando se demora a oferecer o leite: o vácuo no estômago produz sensação da tristeza e vem o choro, quando se perde potência no ato de viver.
Portanto, não se trata de deliberação parlamentar, mas ditadura física: o organismo tem primeira necessidade de nutrientes, sem os quais sente dor e não sobrevive, levando farrapos humanos angustiados a peneirar contêineres.
Multidões disputam, no centro de Salvador e em cidades do interior, modalidade mórbida e antiesportiva, tendo como estrela solitária de campeã a esmola de uma sopa ou uma quentinha básica de feijão, arroz e complemento, ovo estrelado, bife, asa de frango ou algum improviso. O êxodo involuntário para as periferias, apagando os vestígios da desigualdade, não se pode admitir.
O amparo oferecido pelas autoridades não poderá reverter o mundo ao Éden, contudo a expectativa é de levar apoio, capacitar ou recuperar o profissional desalentado e reduzir a cidade de papelões de quem dorme ao desabrigo.
A ampliação do horizonte da proposta relaciona a falta de acesso à mesa à dificuldade de obtenção de renda, de onde o foco da auspiciosa tática, abraçada, espera-se, pelos gestores municipais e toda uma rede, que engloba também movimentos sociais, iniciativa privada, organizações da sociedade civil, instituições religiosas, sindicais, culturais e educacionais.
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