OPINIÃO
Editorial - Multiculturas e segurança
Confira o editorial do Grupo A TARDE deste domingo
![Quanto mais moradores participando de projetos, ações e editais, como é o caso da Orquestra Neojiba, a proporção é diretamente menor do contingente empenhado em articulações fora da lei](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1240000/1200x720/Editorial---Multiculturas-e-seguranca0124634300202310211640-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1240000%2FEditorial---Multiculturas-e-seguranca0124634300202310211640.jpg%3Fxid%3D5993543%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721157605&xid=5993543)
A participação das linguagens artísticas como forma de construir um convívio social pleno de afeto e interatividade só não é mais importante em relação à segurança promovida pelas manifestações culturais, dado o perfil pacifista.
Ao integrarem-se a grupos voltados para o teatro, a música, a dança, o cordel, e tantas outras formas de expressão, as pessoas das comunidades ocupam a mente com ideias luminosas, ampliando a sensação de pertencerem ao local.
A silenciosa, mas paulatina transformação de uma sociedade belicosa pode ocorrer com esta ocupação de palcos e ruas, como defendem pesquisadores em estudos culturais das universidades.
Quanto mais moradores participando de projetos, ações e editais, a proporção é diretamente menor do contingente empenhado em articulações fora da lei, muitas vezes abastecendo facções de malfeitores por falta de sentido.
Conectada a produção cultural com a paz nas comunidades, conforme mostra reportagem de A TARDE deste domingo, é possível instalar espaços e projetos seguros, artísticos e educativos, criando uma tríade de virtudes inseparáveis.
Iniludível e ululante a importância do FazCultura, do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA) e da Lei Paulo Gustavo, ao apoiar com verbas e orientação de pessoal as propostas de baianas e baianos, tantas vezes iniciantes na benigna seara.
O resultado é a valorização de manifestações culturais até bem pouco tempo ultrajadas e discriminadas, como no caso da capoeira, hoje capaz de captar aportes financeiros, por seu alcance social, incluindo agora a classe média.
Uma vertente exemplar, da qual a Bahia pode orgulhar-se de ser referência admirada no exterior, trata da lapidação de talentos, entre jovens de periferias, capacitados a tocar instrumentos mais presentes em música clássica, por meio do programa Neojiba – Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia.
Tais iniciativas contribuem para levantar a estima de moradores de comunidades vítimas da violência, abrindo a elas caminhos para novas perspectivas.
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