Uma decisão ditatorial. Essa é uma definição sem exagero para a aprovação de um Projeto de Lei (PL-003) votado pela Câmara Municipal de Tucano, região sisaleira da Bahia, que reduz para dois o número de profissionais do magistério com direito a licença para exercer mandato sindical.
Dezenas de servidores públicos estiveram no plenário, nesta quinta-feira, 10, com o objetivo de pedir o adiamento do Projeto. No município há apenas uma vereadora de oposição. A Casa se recusou a negociar com a classe e aproveitou o intervalo da sessão para anunciar que votaria e aprovaria o PL.
Antes do fim de intervalo da sessão os servidores ocuparam as cadeiras dos parlamentares na tentativa de impedir a votação, ao mesmo tempo que pediam a possibilidade de negociações com o poder público.
Os parlamentares chegaram a deixar a Casa durante o almoço, porém com a proporção que a mobilização se tornava maior, com a ocupação de mais servidores, votaram o projeto de "portas fechadas" na sala do presidente Jorge Seixas.
Na possibilidade de avaliar a realização de uma greve geral no município, líderes sindicais convocaram uma assembleia com os servidores.
Insatisfeita a categoria afirma que na gestão do prefeito Ricardo Maia Filho (PSD), o modelo adotado para "votar" projetos impopulares às pressas tem se repetido.
A categoria afirma ainda que o pai do atual prefeito, Ricardo Maia (PSD), é pré-candidato a deputado Federal e tem litígios constantes com os sindicatos de Ribeira do Pombal, onde foi prefeito durante dois mandatos.
O Portal A TARDE tentou contato com o prefeito Ricardo Maia Filho (PSD) e com o presidente da Câmara Municipa de Tucano, Jorge Seixas, que não atenderam as ligações.