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Nada de Novo no Front vence Bafta de melhor filme
Longa-metragem conta as experiências de um soldado alemão adolescente durante a Primeira Guerra Mundial
Por AFP
O filme "Nada de Novo no Front", uma adaptação do famoso romance pacifista de Erich Maria Remarque, ganhou neste domingo, 19, os prêmios de melhor filme e melhor diretor no Bafta, a premiação britânica de cinema.
O longa alemão, dirigido por Edward Berger, de 53 anos, que levou um total de sete prêmios, venceu "Os Banshees de Inisherin", "Elvis", "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo" e "Tár".
Berger também ganhou o prêmio de melhor diretor contra Martin McDonagh, Park Chan-wook, Daniel Kwan e Daniel Scheinert, Todd Field e Gina Prince-Bythewood.
A um mês da entrega dos Oscars, para o qual já conta com nove indicações, a produção de Berger, com 14, havia se tornado o filme em língua estrangeira mais indicado da história do Bafta em 76 anos.
Na categoria de melhor atriz, a australiana-americana Cate Blanchett venceu por seu papel como a implacável maestrina de "Tar". Ela concorria com Viola Davis, Danielle Deadwyler, Ana de Armas, Emma Thompson e Michelle Yeoh.
O americano Austin Butler ganhou o prêmio de melhor ator por seu papel em "Elvis", sobre a lenda do rock'n roll americano. Venceu Colin Farrell, Brendan Fraser, Daryl McCormack, Paul Mescal e Bill Nighy.
"Os Banshees de Inisherin", dirigido por Martin McDonagh, ficou com os prêmios de melhor ator e atriz coadjuvante para Barry Keoghan e Kerry Condon, respectivamente, e também de melhor filme britânico.
O livro “Nada de Novo no Front”, publicado em 1929, narra as experiências de um soldado alemão adolescente durante a Primeira Guerra Mundial.
Traduzido para mais de 60 idiomas e com mais de 50 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, é um dos exemplos mais influentes da literatura antimilitarista.
Um ano após sua publicação, estreou nos Estados Unidos uma adaptação cinematográfica de Lewis Milestone, que ganhou o Oscar de melhor filme e o de melhor diretor.
Mas sua mensagem subversiva fez com que a obra fosse proibida na Alemanha e os nazistas a incluíssem na queima de livros de 1933.
"Meu filme se destaca dos filmes (de guerra) americanos ou britânicos feitos do ponto de vista dos vencedores", disse Berger à AFP em setembro. "Na Alemanha, existe esse sentimento de vergonha, luto e culpa. Era importante para mim apresentar essa perspectiva", acrescentou.
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