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12/07/2023 às 9:00 | Autor: Kian Shaikhzadeh*

ESTREIA NOS CINEMAS

Nas mãos de quem está o destino? Missão: Impossível traz riscos da IA

A inteligência artificial é o maior inimigo nesta saga pelo controle do mundo

Cineinsite A TARDE assistiu longa estrelado por Tom Cruise em primeira mão
Cineinsite A TARDE assistiu longa estrelado por Tom Cruise em primeira mão -

Prestes a estrear nesta quinta-feira, 13, “Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1” lida com os temas de caos, controle, ordem e honra enquanto grupos poderosos secretamente lutam pelo controle mundial. O filme, que o Cineinsite A TARDE assistiu em primeira mão, pode ser visto de forma independente dos anteriores e entrega uma história bem amarrada e com final satisfatório, mesmo anunciando no título que é a “parte um”.

Quando as maiores forças políticas e militares do mundo se vêem ameaçadas por uma inteligência artificial que se tornou consciente e age com seus interesses próprios, há debates sobre se é possível controlar ou matar essa “Entidade”, como é chamada. Enquanto os agentes da “Força-Tarefa Missão Impossível” buscam por uma misteriosa chave que definirá o acesso a uma potente arma tecnológica, o filme entrega boa ação e comédia com emocionantes cenas de acrobacia.

Cenas inacreditáveis como a de Tom Cruise se atirando de um penhasco com uma moto foram reveladas terem sido feitas na vida real. Já foram divulgados diversos vídeos que mostram o ator se jogando do alto, mas a cena impressiona ainda mais no cinema. As incríveis cenas de ação são conduzidas por uma história, e assistir a cena em contexto, no meio da missão, traz ainda mais emoção. E é surreal e incrível de assistir. Mas só vendo para saber.

Confira a cena Tom Cruise se atirando de um penhasco com uma moto, na vida real:

A magia da saga reside na forma de como a franquia conta histórias visualmente incríveis com uma base que vem de efeitos práticos. Se tratando de Tom Cruise, você nunca sabe o que é real ou computadorizado. O ator, que aprendeu a pular de paraquedas e pilotar motos em altíssima velocidade, faz isso de forma que engaja profundamente o público e usa de tudo como artifício para os enganar.

E o filme tem essa missão: engajar o público com o que sabem que é impossível, fazendo-os acreditar que é factível e que o som cumpre um papel significativo nisso. Um exemplo nas primeiras cenas, em um tiroteio no deserto que segue sem música na trilha sonora e ganha uma capacidade imersiva por isso. O som seco das armas soa cru e coloca o telespectador presente na cena, entregando o que as gameplays de tiro não conseguem: uma história envolvente que reveza entre os pontos de vista de diferentes personagens para trazer tensão, sem falar na beleza da fotografia.

Em entrevista ao Fandango, Tom Cruise comenta que a chave para compreender seu personagem Ethan é que “ele não quer ter que fazer essas missões, mas ele tem que.” É essa contradição de resignação frente à aceitação da tarefa que, para Cruise, cria o fundamento das emoções do personagem e gera uma conexão com o público.

Na mesma entrevista, Cruise reflete sobre os pequenos momentos de comédia vividos na cena de perseguição em alta velocidade pela Itália. A cena, que pode ser vista no trailer, mostra Ethan e Grace (Hayley Atwell) algemados e dirigindo juntos um pequeno Fiat 500 amarelo pelas estreitas ruas de Roma. É impressionante como a cena combina magistralmente tensão em alta velocidade com uma comédia muito espontânea, enquanto a cidade inteira é destruída pelos carros que saem esbarrando em tudo.

Enquanto no filme há mulheres em posição de protagonismo, elas costumam estar um passo atrás de seus colegas masculinos quanto às habilidades de combate, de dirigir carros, ou em sua honestidade. Este filme não é diferente do que Hollywood vem fazendo há décadas e vale assistir com alguns velhos questionamentos: como essas personagens estão sendo representadas? Quem detém o controle da cena? De onde vem o comportamento dessas pessoas?

A exemplo disso, podemos olhar para Grace que, apesar de ser apresentada como uma grande criminosa internacional, que possui uma dezena de passaportes e realizou diversas missões perigosas, aparece como insegura e medrosa enquanto o seu colega de missão Ethan, nunca recusa um desafio — mesmo que seja se jogar com uma moto do alto da montanha.

Veja o trailer

Certamente, encontraremos pontos positivos que indicam bons caminhos na representação de personagens femininos e masculinos, como a astúcia de Grace, a coragem de Ilsa, a força e determinação de Paris, uma grande guerreira, e a forma generosa com a qual Ethan poupa a vida até de seus adversários, uma atitude que o filme recompensa, mais pra frente. Mas há ainda o que se reconsiderar para os próximos filmes da franquia quanto a essas representações.

Se generosidade faz parte da estratégia de Ethan, caos e dominação planetária são os métodos do inimigo. Enquanto Ethan quer matar a “A Entidade” para minar sua força, outros se arriscam a tentar controlá-la e usá-la com seus fins. O filme trata o tema de dominação planetária de forma similar ao cenário que se vivia na Guerra Fria (1945-1991), em que duas potências (URSS e Estados Unidos da América) detinham o controle sobre boa parte do mundo.

Simplifica-se o caos do mundo ao criarem um inimigo único, facilmente reconhecível e logicamente derrotável. Assim, o filme cria o cenário de um “caos controlável”. Se os heróis forem bem sucedidos nessa missão que eles cumprem no decorrer de poucos dias, poupam bilhões de pessoas de um mal que vai durar séculos. Essa última premissa sendo bem comum em filmes de hollywoodianos, no geral.

Se “A Entidade” é a responsável pela desgovernança do mundo, na vida real a ameaça é mais complexa. A crise de notícias falsas que o mundo enfrenta vem de um conjunto de ações de diversos indivíduos e grupos dispersos e sem comunicação entre si.

Os agentes do caos são múltiplos no mundo hoje: grupos terroristas, facções criminosas, governantes mal intencionados, grandes corporações que não consideram o bem-estar do todo e grupos de estelionatários agem em paralelo, sem conhecimento um da agenda do outro, mas contribuindo, cada qual, para o mesmo sentimento de medo e insegurança que tem dominado cada vez mais a vida de pessoas ao redor do mundo. O estabelecimento da justiça no mundo não depende das ações de um único grupo secreto, ou um protagonista em especial. Está nas mãos de cada indivíduo, comunidade e instituição — onde quer que residam no mundo. É essa sua missão, caso queira aceitar...Mas talvez isso seja tema para um outro filme.

Confira os horários das sessões de "Missão: Impossível 7" e de outros filmes, em Salvador e Lauro de Freitas, aqui.

*Sob supervisão de Bianca Carneiro

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