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Se distraia e reflita com 10 indicações de filmes e séries para assistir na quarentena
Por Ashley Malia
A quarentena está sendo, para algumas pessoas, um momento para tirar a poeira dos livros e dar uma chance àquele exemplar esquecido na estante, para conhecer novos artistas e também para tirar o atraso das séries, mas também para conhecer novas e ver um bom filme.
Não à toa, muitas empresas de streaming têm se juntado para interagir mais com os usuários nas redes sociais, como Twitter, para indicar os filmes e séries que mais combinam com os gostos e personalidades de cada um. Aqui, o Cineinsite também indica bons títulos para se distrair e refletir, seja na companhia da família ou sozinho.
Confira as indicações de séries abaixo:
Madam C.J. Walker (Netflix)
A Vida e a História de Madam C.J. Walker estreou na Netflix em março deste ano e conta a história da primeira mulher negra a ficar milionária com um negócio próprio nos Estados Unidos, sem a ajuda de herança. Na trama, que se passa no início do século 20, Madam C.J. Walker empreende no ramo dos cosméticos, vendendo produtos para cabelos para mulheres negras.
Com atuação de Octavia Spencer, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2012, pela atuação em Histórias Cruzadas, a série discute diversas questões interessantes, como o empreendedorismo entre a comunidade negra, machismo na área dos negócios, colorismo e a importância do cabelo para as mulheres negras. Além disso, a história se passa no período pós-abolição, no contexto dos Estados Unidos, quando o país ainda passava por um processo de segregação racial.
Assista o trailer:
The Circle (Netflix)
Originalmente britânica, The Circle está disponível também nas versões Estados Unidos, Brasil e França. A série é como se fosse um reality show que acontece nas mídias sociais, onde as pessoas criam seus próprios perfis e, isolados em seus apartamentos, se comunicam com os outros participantes através de um programa de computador chamado “The Circle”.
O jogo funciona como uma mistura de Big Brother e Catfish, onde os participantes devem fazer o possível para não serem eliminados pelos outros. Já que o contato é apenas pelo programa virtual, qualquer participante pode ser alguém no jogo: ele mesmo ou um fake. Vale tudo para conquistar uma boa avaliação dos colegas.
Assista o trailer da versão Brasil:
Punho Negro (YouTube)
Vencedora do Rio Webfest (2018), na categoria de Melhor Ideia Original, a websérie Punho Negro (2018) foi produzida pelo coletivo baiano Êpa Filmes. A série é protagonizada por uma mulher negra, Tereza (Carol Alves), que é também uma super heroína, Punho Negro. Na trama, a personagem tenta conciliar a vida de mãe e esposa com a missão de combater os vilões de Salvador.
Segundo o diretor Murilo Deolino, a ideia foi quebrar o padrão do universo de super-heróis, que tem poucas heroínas mulheres, principalmente negras. A produção quis trazer também a questão do machismo e do racismo vividos cotidianamente pela personagem.
A websérie tem cinco episódios e está disponível no YouTube:
Elite (Netflix)
Com duas temporadas disponíveis na Netflix, a série espanhola traz um enredo de drama adolescente, mas sem deixar de trazer questões interessantes. Na história, três estudantes de baixa renda conseguem bolsa para estudar em uma escola exclusiva para a elite local. Assim, eles tentam se encaixar no universo de jovens ricos, enquanto outros dramas vão acontecendo, inclusive um assassinato misterioso.
Uma das questões mais interessantes trazidas pela série é a relação com outras culturas, o racismo, xenofobia e classismo. Uma das personagens, de origem islâmica, defende, em diversos momentos, a importância do uso do hijab, após o diretor da escola ameaçar expulsá-la caso continue usando.
Além disso, as temáticas de sexualidade, DST’s homossexualidade e masculinidade tóxica também são amplamente discutidas no drama teen.
Assista o trailer:
Irmandade (Netflix)
Com oito episódios, a série brasileira Irmandade se passa nos anos 90, quando uma advogada descobre que o irmão desaparecido há anos está preso, acusado de liderar uma facção criminosa. Com isso, a polícia a obriga a trabalhar como informante. Entretanto, ela começa a questionar a lei e a justiça após conhecer um pouco mais sobre a facção.
Mesmo com uma temática considerada clichê entre as produções brasileiras, Irmandade consegue se destacar abordando assuntos que fazem parte da realidade do país de uma forma além do senso comum. Narrada pela perspectiva de Cristina (Naruna Costa), a série aposta no protagonismo feminino para descrever os momentos.
Além disso, Irmandade também traz fortes críticas ao sistema prisional brasileiro e ao encarceramento em massa, relatando o cotidiano dos encarcerados e chamando atenção para a questão dos direitos humanos dentro desse espaço.
Assista o trailer:
Confira abaixo as indicações de filmes:
Bacurau (Telecine Play)
Sucesso nos cinemas brasileiros, Bacurau (2019) se passa no sertão do país, em uma comunidade que não aparece mais em nenhum mapa. Aos poucos, os moradores percebem diversos acontecimentos estranhos e descobrem que estão sendo atacados por um inimigo desconhecido.
Com direção de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, a série traz para o cinema brasileiro uma perspectiva nordestina de produção dos gêneros drama, terror, fantasia e ficção científica.
Assista o trailer:
Como eu era antes de você (Netflix)
Estrelado por Emilia Clarke, estrela da Game Of Thrones, e Sam Claflin, ‘Como eu era antes de você’ (2016) é uma comédia romântica que faz sorrir, se apaixonar e chorar com o romance de Lou e Will Traynor, um homem rico e ranzinza que ficou tetraplégico em um acidente.
A história traz diversas cenas românticas e diálogos bonitos, mas mostra também as diversas dificuldades enfrentadas por um tetraplégico. Mesmo sem trazer nada de novo, a obra consegue apresentar personagens cativantes e um enredo mais atual.
Assista o trailer:
Infiltrado na Klan (Telecine Play)
Indicado em sete categorias do Oscar 2019 e vencedor de uma delas (Melhor Roteiro Adaptado), Infiltrado na Klan (2018), que é dirigido por Spike Lee, traz a história de um policial negro que consegue se infiltrar na Ku Klux Klan (KKK) local, movimentos que defendem ideais reacionários e extremistas, como a supremacia branca, nacionalismo branco, antissemitismo, anticatolicismo e outras correntes extremistas. Após se infiltrar no grupo e ficar próximo do líder da seita, Ron Stallworth consegue sabotar diversos linchamentos e outros crimes de ódio planejados pelos racistas contra a população negra do Colorado (Estados Unidos).
Parece uma história distante da realidade, mesmo nos anos 1970, pouquíssimo tempo após o “fim” da segregação racial nos Estados Unidos, quando os afro-americanos já tinham conquistado os Direitos Civis (1964) e o Direito ao Voto (1967), porém Infiltrado na Klan é baseado em uma história real. A obra de Lee se mostra também uma história atual, retratando como o discurso da extrema-direita maquiou discursos extremistas em forma de “democracia” para conseguir eleger representantes políticos em cargos importantes. Ele exemplifica com a presidência de Donald Trump.
Assista o trailer:
Questão de Tempo (2013, Telecine Play)
Aos 21 anos, Tim (Domhnall Gleeson) descobre através do pai que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo. Segundo o pai, todos os homens da família conseguem visitar o passado. Assim, Tim viaja no tempo para conquistar a mulher dos seus sonhos.
A comédia romântica retrata de forma leve o quanto os momentos da vida são únicos e devem ser vividos intensamente. Além disso, a obra faz refletir sobre erros e acertos e suas diversas consequências na trajetória de cada pessoa.
Assista o trailer:
Simonal (Telecine Play)
Protagonizado pelo baiano Fabrício Boliveira, o filme conta a história de uma das maiores vozes da música brasileira, Wilson Simonal. Com drama e música, o longa-metragem retrata a história de sucesso e drama do artista.
Se passando em tempos de ditadura militar, Simonal (2019) foca na ascensão e queda do cantor, mostrando os principais momentos da vida do artista, pautando a carreira principalmente e descrevendo pouco o contexto histórico e a fama de delator. Mesmo assim, Boliveira dá vida à Simonal com muita malemolência, encanto e com o auxílio de memoráveis figurinos.
Assista o trailer:
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