DIA DA FLORESTA
ABAF lidera debates nacionais sobre Economia do Mar
Com DNA inovador, Associação Baiana de Empresas de Base Florestal completa 20 anos
Por Eduardo Athayde*
Quando o filho de imigrantes ucranianos Max Feffer e o químico Benjamim Solitrenick revolucionaram a fabricação da celulose no mundo, com a descoberta do potencial da fibra curta do eucalipto, por meio de pesquisas realizadas na Universidade da Flórida, no início da década de 1950, iniciou-se uma nova era para os negócios das florestas plantadas no Brasil.
Quarenta anos depois, o industrial suíço Stephan Schmidheiny fundou o respeitado World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), reunindo empresários internacionais que, focados na sustentabilidade dos seus negócios e do planeta, tiveram participação ativa na Eco-92, realizada no Rio de Janeiro. Fatos aparentemente distantes no tempo e no espaço se entrelaçavam, tecendo as regras inexoráveis da sustentabilidade.
Articulados com Schmidheiny, 50 líderes empresariais transnacionais lançaram mundialmente, em 1992, o livro Changing Course: A Global Business Perspective on Development and the Environment, com estudos de casos de negócios de última geração - econegócios - que começavam a afetar o mundo, gerando lucro social, econômico e ecológico de forma integrada – essência da Governança Socioeconômica e Ambiental (ESG) que viralizou com a força da ‘eco-nomia digital global’.
A Associação Baiana de Empresas de Base Florestal (ABAF), concebida pela ‘Inteligência Natural Generativa’, foi fecundada e nasceu nesse contexto, filha de arrojados empresários pensadores que anteviam e investiam no futuro. Hoje, além de focar apenas na floresta plantada, enxerga também as chamadas ‘reservas legais’ como um lucrativo econegócio, sabendo que a imperiosa preservação dá lucros, conversando diretamente com o WBCSD.
Com o DNA inovador, a ABAF é beneficiada pelo fato de a Bahia ser o único estado brasileiro com cinco biomas distintos: Cerrado, Semiárido, Mata Atlântica e mais os biomas Costeiro e Marinho - conhecido como Amazônia Azul (5,7 milhões de km2), usado pelo Brasil, como maior exportador de celulose do mundo, para escoar a sua produção. A economia do mar começa na terra.
Celebrando 20 anos, a ABAF, que tem sede em Salvador – declarada juntamente com a Baía de Todos os Santos como Capital da Amazônia Azul –, lidera os debates na indústria de base florestal do País sobre a ´Economia do Mar´, que gera cerca de R$ 2 trilhões por ano, valor equivalente ao gerado pela agricultura (na Bahia gera cerca de R$ 80 bilhões por ano), sendo parte desse valor derivado da exportação de produtos florestais. Na alta velocidade com a qual se articula e inova, como estará essa Associação nos próximos 20 anos?
*Eduardo Athayde é diretor do WWI no Brasil. [email protected]
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