ARTIGOS
Editorial - Cautela e defesa
Confira editorial do Jornal A TARDE deste domingo
Por Redação

Recomenda a prudência a busca de estratégias de proteção dos municípios brasileiros de todos os portes, se têm seus gestores a consciência da responsabilidade transmitida pelas urnas, com o sufrágio universal a conduzi-los à “frente” de suas polis.
Uma outra escolha é apostar na sorte, muito em voga hoje em dia, reforçando-se os vínculos com o plano divinal a despreocupar-se com a iminência de “tempo ruim”, tendo Salvador, até o momento, contando possivelmente com a nossa “sentinela avançada” – o glorioso Senhor do Bomfim.
Um encontro de representantes de mais de 3 mil cidades, realizado em Brasília, foi uma iniciativa interessante como articulação em rede, na hipótese de prevenção de efeitos devastadores como têm se repetido no Sul e Sudeste.
A reunião em Brasília serviu para convencer os últimos negacionistas pois os testemunhos são o de alteração na tábua das marés, temporais concentrados em pontos permeáveis, formando rios abaixo e acima, além da seca incomum.
O intercâmbio, no Distrito Federal, mediado pelo ministro Alexandre Padilha, teve o objetivo de passar um sensação de haver, sim, um planejamento para o caso de intempérie, pois do rio se diz violento, mas não se dizem violento quem polui suas margens, assoreadas e mal cuidadas, feridas pelo desprezo.
Nas cidades onde agora há estiagem, não seria o caso de construção emergencial de abrigos, em locais altos ou imunes às enchentes? E a transferência de cidadãs e cidadãos sob risco enxurradas, está organizado?
Salvador, construída como fortaleza, ou seja, feita para a defesa, exibe sua geografia admirável, com ladeiras, baixadas e tantos acidentes a ponto de não se precisar de arte divinatória para saber onde poderíamos arregaçar mangas agora para evitar os “pêsames” às famílias das vítimas ou pôr a culpa na "precipitação pluviométrica".
Os “frentes” da cidade já têm conhecimento de onde as terras estão frágeis, pois o desmatamento não cessa, no entanto, parecem apostar no eterno azul do imponente “Ouranous” soteropolitano.
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