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A disputa de SUVs: comparação de Jeep Renegade e Citroën C4

Por Texto e foto: Wagner Gonzalez | São Paulo

10/04/2019 - 13:22 h
Edição Limited Renegade versus Citroën C4 Cactus
Edição Limited Renegade versus Citroën C4 Cactus -

Segundo segmento mais importante do mercado brasileiro, a categoria de SUVs oferece ampla variedade de propostas para quem aprecia automóveis com pegada esportiva, ares de utilitário e acessórios. Para ilustrar essa gama de ofertas, A TARDE Autos escolheu dois modelos com identidades bem diferentes, mas que exibem esses predicados. A edição Limited do Jeep Renegade e o Citroën C4 Cactus com o pacote Shine Pack, ambas versões topo de linha. Ante a óbvia questão “qual é o melhor”, a resposta é uma só: a escolha depende do que você procura em um automóvel e como encara seu uso e propriedade.

Se você compra um carro pensando em valor de revenda, vejamos o histórico das duas propostas aqui apresentadas. Lançado em março de 2015, o Renegade alavancou a imagem da marca Jeep no Brasil através de um bom serviço pós-vendas, umas das premissas que o saudoso Sergio Marcchione impôs para aprovar o projeto. Deu certo: o modelo está entre os 10 automóveis mais vendidos desde então e é líder em seu segmento. Com cerca de seis meses de vida entre nós, o Cactus é o campeão de vendas do grupo PSA e promete fazer algo similar pela marca francesa, que tem nesse carro um bom trunfo para recuperar a imagem dilapidada por anos de fraco atendimento ao cliente, consequência da estrutura montada por seu antigo importador, parceria, aliás, desfeita.

Se você é parte do planeta autos e considera o prazer de dirigir algo primordial, a escolha é mais emocional: o Cactus 1.6 tem imagem de um SUV moderno, linhas mais suaves, acabamento interno superior, em especial o estofamento e o volante – que tem formato peculiar, boa ergonomia e, tal qual o rival, oferece regulagens de profundidade e altura. Seu painel digital reforça essa modernidade e oferece um grafismo limpo: a adaptação à leitura de seus símbolos não chega a ser um senão. No Renegade o painel mescla informações digitais e conta-giros e velocímetros analógicos, com alguns detalhes estéticos questionáveis.

Sucesso nas ruas

Cruzando ruas e avenidas, o Renegade Limited também chama a atenção, seja pelas rodas de aro 19” e pelas linhas mais retas, características da marca Jeep. Seu entre-eixos ligeiramente mais curto que o Cactus (2.570 contra 2.600 mm) ajuda a obter um diâmetro mínimo de giro trinta centímetros menor (10,8 m contra 11,1 do Cactus). Se o Renegade oferece volante com borboletas para trocas de marcha, o Cactus oferece melhor pegada e assistência elétrica com carga variável e melhor empunhadura. Aliás, a empunhadura dos volantes de carros da FCA são um ponto destoante da ergonomia do habitáculo, um dos pontos altos da marca.

Nesse quesito, a instalação do botão de partida no local tradicional da cada vez mais superada chave de contato é elogiável, pois consolida um movimento natural para ligar o motor. No Citroën, o botão está instalado no console central e requer adaptação; na base desse console encontra-se o comando do controle de tração adaptável a vários pisos.

Ambos oferecem telas multimídia compatíveis com sistemas Android Auto e Apple CarPlay, sendo que a do Renegade tem 8,4 polegadas (a maior do segmento) e a do Cactus 7 polegadas. A do Cactus oferece melhor nitidez, em especial quando exibindo a visão captada pela sua câmera de ré. Ambos oferecem o recurso de chave presencial. Os faróis de LED do Renegade 2019 são outro ponto alto do modelo, que oferece seis air bags como item opcional, equipamento de série no Cactus.

Em questão de conforto interno, o Renegade leva vantagem por oferecer ar-condicionado de duas zonas e com saída traseira, situada abaixo de tomada USB para os passageiros que sentam atrás, mas o revestimento dos seus bancos pode ser considerado inferior ao do Cactus. Aqui um ponto crítico que merece atenção da Citroën.

No C4 o ruído de funcionamento do ventilador é alto e quando ligado ao máximo chega a incomodar, tanto os passageiros da frente quanto os de trás. Ambos têm comandos elétricos para regulagem dos retrovisores externos, acionamento dos vidros e trava elétrica das quatros portas. No quesito porta-malas, a porta do Cactus abre de maneira mais leve e suave e a capacidade do porta-malas sem o rebatimento dos bancos é a mesma para ambos: 320 litros.

Consumo de combustível

Mais leve (1.214 kg contra 1.527 kg), o Citroën C4 Cactus é também mais econômico.

Pelos dados do Inmetro, respectivamente para consumo de etanol e gasolina, o francesinho faz 7,2/10,4 quilômetros por litro na cidade e 9,9/12,6 quilômetros por litro na estrada. Para o Renegade esses índices são de 6,4/9,4 e 8,0/11,0, respectivamente. Além disso o motor turbo do Citroën oferece uma tocada mais suave e progressiva graças ao turbo de alta pressão. Seu quatro cilindros de duplo comando 1.6 Turbo THP 173 Flex (potência de 173 cv a 6.000 rpm e torque de 24,5 kgfm a 1.400 rpm com etanol) é notoriamente mais eficiente que o quatro cilindros de comando único do Renegade (potência de 139 cv a 5.750 rpm e torque de 19,2 kgfm a 3.750 rpm, com etanol) tanto em aceleração (0 a 100 km/h em 7”3 contra 11”8) quanto em velocidade máxima (212 km/h contra 178 km/h). São números que garantem ao C4 maior tranquilidade em ultrapassagens e para sair de situações complicadas.

Historicamente, um dos pontos altos da marca Citroën é o comportamento da suspensão, e o Cactus não é exceção. O Renegade é mais pesado e mais alto, o que influi nos movimentos ditos parasitas, aquele mergulho nas freadas, levantamento da frente nas acelerações e inclinação nas curvas, mas não decepciona.

Ambos têm bons freios: discos duplos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, e câmbio automático de seis velocidades.

Ligeiramente mais caro, o Renegade tem a seu favor maior mercado de revenda e imagem consolidada. O C4 Cactus oferece estilo e um pacote técnico mais moderno, como o motor turbo mais potente e econômico, solução já adotada pelo Renegade em mercados do exterior e que pode chegar em breve ao mercado brasileiro.

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