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Quando trocar as pastilhas de freio?
Por Lhays Feliciano

Sem dúvida, o freio é um dos principais componentes para garantir a segurança de um automóvel. O sistema responsável por parar o veículo é composto por várias peças, uma delas é a pastilha, item crucial no sistema de freio a disco e que está presente não só nos carros, mas também nas motos, bicicletas e sistemas industriais.
A pastilha tem uma base de aço e, colada nela, o material antifricção. Esse material é que, pressionado contra o disco, faz com que o carro diminua a velocidade ou pare. De acordo com o modelo do automóvel, as pastilhas de freio podem estar nas quatro rodas, ou apenas nas duas dianteiras (na maioria dos carros). Há ainda os sistemas antitravamento, ou ABS, obrigatórios nos carros vendidos aqui desde 2014 e que liberam o freio em intervalos de milissegundos, evitando que as rodas travem e o carro derrape.
Com o tempo as pastilhas se desgastam e a eficiência da frenagem fica comprometida, elevando o risco de acidentes. Se a pastilha não for substituída na hora correta, o material de fricção chega ao fim, o aço passa a ser pressionado contra o disco e os discos de freio são prejudicados. Se eles se desgastarem, o preço do reparo é ainda mais alto, então a manutenção da pastilha é a dica crucial para economizar.
De acordo com o engenheiro mecânico Gildson Dantas, o motorista pode perceber que sua pastilha de freio está gasta por alguns sinais, como sentir que o carro está demorando mais para frear, como se o pedal estivesse mais fundo, e ruídos incomuns na hora da frenagem também indicam que pode haver desgaste na pastilha.
"O certo é, sempre que trocar os pneus, dar uma olhada nas pastilhas. Quando tiramos as rodas é possível ver e acompanhar o desgaste. Existe uma marca na central da pastilha que indica se ela já está ou não próximo da sua vida útil. Então, quando estiver perto da sinalização, já está na hora de trocar, não espere a marca desaparecer", alerta o especialista, lembrando que a espessura mínima deve ser de dois milímetros. Caso o consumidor não troque os pneus ou não verifique esse nível, é importante fazê-lo a cada 10 mil quilômetros ou pelo menos a cada ano.
Tipos de pastilha
Centros automotivos de Salvador, como a Box Car Shop e a Ancar, vendem pastilhas de freio, e o preço varia de acordo com o modelo do carro. Em veículos populares, as pastilhas de freio custam entre R$ 120 e R$ 250. Já para os modelos mais caros, o valor do item sobe para a partir de R$ 400.
As pastilhas de freio não são todas iguais. Um mesmo modelo de automóvel pode usar diferentes tipos. Elas podem ser: metálicas, orgânicas ou de cerâmica. O que difere é a durabilidade, já que são feitas de materiais diferentes.
As pastilhas metálicas são as mais comuns no mercado atualmente. São resistentes a altas temperaturas, têm um alto coeficiente de atrito e oferece boa durabilidade, além de eficiência nas frenagens. Vale ressaltar que, por ela ser mais pesada, o veículo irá gastar um pouco mais de combustível, mas a diferença é mínima.
As pastilhas orgânicas são compostas normalmente de celulose e resina fenólica. Elas possuem um coeficiente de atrito satisfatório, mas não tão alto quanto o das metálicas. Entretanto, elas apresentam uma boa performance e um conforto razoável para o motorista. O ponto fraco delas é que a durabilidade é baixa.
Já as pastilhas de cerâmica são bastante resistentes ao calor, apresentam uma grande durabilidade e são uma ótima escolha para aplicações mais severas, como para quem gosta de praticar aventuras off-road ou gostam de esportividade. Carros de alta performance sempre trazem pastilhas de cerâmica no conjunto dos freios. Mais eficientes, elas são também as mais caras.
Prevenção
A duração da pastilha está diretamente ligada à forma de uso. Se for um carro que transita frequentemente dentro de cidades, onde é necessário frear constantemente em engarrafamentos, cruzamentos ou sinais fechados, elas serão gastas em menos tempo. Por isso devem ser verificadas periodicamente. Alguns automóveis têm uma luz de alerta no painel que acende quando a pastilha está chegando no final, mas a maioria não tem.
O indicado é que o item seja verificado a cada 10 mil quilômetros, pois é uma inspeção rápida que se faz em poucos minutos. Caso a pastilha seja danificada a manutenção corretiva pesará muito mais no bolso do que a preventiva com troca do disco e até sensores e pistões dos freios.
Lembre-se sempre de seguir as recomendações do manual do proprietário e de comprar produtos de qualidade.
Caso precise trocar as pastilhas, opte por uma mecânica de confiança, caso não faça o serviço na rede de concessionários do fabricante do seu veículo. Afinal, o sistema de freio é um dos mecanismos mais importantes para a segurança do trânsito.
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