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Toyota Prius: porta de entrada para o mundo dos híbridos
Por Marco Antônio Jr. | A TARDE SP

O mercado dos carros elétricos e híbridos tende a mudar radicalmente este ano após o anúncio de redução de IPI para incentivar o comércio destes modernos veículos que consomem pouco ou nenhum combustível fóssil. O Toyota Prius é a porta de entrada para os veículos que combinam um motor a combustão com um elétrico. A medida já pode reduzir o preço do carro dos atuais R$ 126 mil para R$ 100 mil, colocando-o no mesmo patamar do Corolla XEI 2.0 flex CVT, o mais vendido.
Mesmo ainda sem incentivos, as vendas do Prius em 2017 mais que quadruplicaram em relação a 2016, quando 486 unidades foram vendidas. Ele emplacou 2.047 veículos, mais do que modelos consagrados como o Golf GTi, Hyundai Elantra e Kia Cerato.
Mas para este ano há grandes chances de o portfólio híbrido crescer no País com a chegada do Volkswagen Golf GTE, Volvo XC60 T8 Hybrid e a apresentação do Nissan Leaf, que está na sua segunda geração embora as vendas comecem só em 2019. Para combater a ofensiva, a Toyota confirma que está em fase final de desenvolvimento de uma nova versão que usa motor a etanol, tornando o Prius ainda mais competitivo. Se você nunca dirigiu um carro híbrido, saiba que nos próximos três anos essa tecnologia se popularizará e serão grandes as chances de você dirigir um.

Dia a dia silencioso
Dirigir um carro híbrido, na prática, é igual a um veículo automático convencional. O Prius tem motor 1.8 quatro cilindros a gasolina de 98 cv associado a um propulsor elétrico de 72 cv e câmbio CVT. Acionado por um botão, o Prius não emite nenhum ruído ao sair da garagem, o que é estranho a princípio. O motor a combustão recarrega as baterias do carro, mas os dois trabalham juntos, especialmente quando se acelera, exigindo mais força ou sempre que o veículo ultrapassa os 50km/h.
A alavanca do câmbio diminuto parece um joystick e está no console central com as tradicionais posições, além do "B", que aumenta o efeito do freio motor e acelera a recarga das baterias.

Câmbio automático se transforma em um joystick azul ao meio do painel
O conforto a bordo é outro ponto positivo com o amplo entre-eixos do Prius (2,70m), bem como o carregador por indução para celulares, que só não funciona para os dispositivos Apple. O motorista conta com o painel central Eco-Monitor, que permite o controle do sistema de tração, computador de bordo e um econômetro digital, o qual pontua o motorista - a melhor nota que obtivemos foi 93 de 100 possíveis.
Mesmo sem compromisso com desempenho, o Prius se destaca no conforto, pois é competente pela proposta, pela economia (faz cerca de 23km por litro na cidade) e pelas emissões de CO2 reduzidas. Ponto negativo fica só para a central multimídia limitada, igual à do Corolla, e um pouco lenta nas respostas e imprecisa no toque dos dedos.
Se vale?
Com acabamento melhor que o do Corolla e conforto superior, o Prius vendeu bem ano passado, pois custa cerca de R$ 9 mil a mais que a versão mais cara do sedã, a Altis, oferecida por R$ 117 mil. Isso não quer dizer que o Prius seja exatamente barato, mas que o Corolla, líder entre os sedãs, seja caro demais, o que deve mudar com o novo regime tributário. Mesmo com design polêmico, com seus recortes que parecem inspirados nos filmes da franquia Predador, o Toyota Prius surpreende pelo conjunto, pela maciez da suspensão e pela modernidade que certamente um dia você terá à disposição na garagem de casa.

Por dentro, bom acabamento e espaço interno para os ocupantes
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