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SALVADOR

Acarajé é menos calórico que pão de queijo, diz pesquisa

Por Tássia Novaes

07/07/2006 - 0:00 h

Pesquisa divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde traz algumas alterações à dieta brasileira. O valor calórico dos alimentos - antes baseado em padrões de outros países - não correspondia com a realidade consumida no Brasil. Com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (Taco) surgem novos valores calóricos e nutricionais fiéis a forma de preparo e consumo nacional. Para os baianos, uma novidade surpreendente: o acarajé é menos calórico que o pão de queijo.



Em 100 g de acarajé há 276 kcal contra 376 kcal da iguaria mineira. O bolinho de feijão frito no dendê é também menos calórico que a empadinha de frango – 358 kcal. Até no quesito colesterol o pão de queijo ganha em disparada. A cada 100 g de acarajé são 25 mg de colesterol contra 68 mg do pãozinho de minas – 43 mg a mais de colesterol. Já a empada de frango, bastante vendida nas lanchonetes do País, possui apenas 23 mg colesterol a cada 100 g.



“Antes era difícil mapear as comidas típicas brasileiras porque era utilizado o padrão norte-americano ou inglês. Quando usamos tabelas de outros países, podemos superestimar ou subestimar o valor nutricional do alimento porque varia a forma de fabricação, o clima, o solo e até a forma como foi cultivado”, explica o pesquisador Dag Mendonça Lima, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As diferenças de um padrão para o outro são identificadas quanto mais típico for o alimento. É o caso do pão de queijo e do acarajé.



Baião de dois e arroz carreteiro estão entre os menos calóricos. A combinação arroz e feijão cozidos juntos na panela possui 136 kcal, enquanto o carreteiro possui 208 kcal. O nível de colesterol é de 4 mg para o baião de dois e 36 mg para o segundo prato citado. Os números correspondem a uma porção com 100 g.



Desenvolvida por pesquisadores da Unicamp em parceria com o Governo Federal, a Taco agrupa atualmente mais de 500 alimentos. Funciona como um imenso banco de dados, uma referência capaz de oferecer informações técnicas para diversas áreas. “É importante para o consumidor em geral saber o que está ingerindo, para a indústria brasileira fazer a rotulagem fiel dos alimentos e para quem investem em políticas publicas”, diz Lima. Com a Taco será possível identificar carências nutricionais a partir da análise dos alimentos consumidos no Brasil.



O estudo é uma iniciativa pioneira na América Latina. Começou há dez anos com poucos alimentos e não tem previsão para acabar.“O processo é lento, depende de financiamento. Pela primeira vez temos uma amostragem nacional dos alimentos”, vibra Lima. Até integrar a tabela final, o alimento passa por várias análises. Primeiro, escolhe o alimento a ser analisado. Depois, é feito o estudo da metodologia adequada ao alimento. Daí faz a coleta do alimento como é consumido em nove capitais. O volume coletado deve representar a região. Quando chegam aos laboratórios, os alimentos são homogeneizados e então é feita a análise, que pode durar de dez dias a um mês até ser concluída. E o mais importante: os resultados são obtidos por metodologia aceita internacionalmente, garante Lima.



  • Consulte os valores da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos
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