Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > bahia > SALVADOR
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

SALVADOR

Altura de trios elétricos preocupa a Coelba

Por Felipe Blanco

31/01/2007 - 22:48 h

Em reunião realizada na manhã desta quarta (30), na sede da Emtursa, representantes da Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia), órgãos públicos e proprietários de blocos e camarotes discutiram diversas questões referentes à segurança e distribuição de energia durante o Carnaval em Salvador. A tônica do debate foi a incompatibilidade entre a altura dos trios e dos fios de alta tensão instalados sobre os circuitos da folia.



De acordo com o gestor de contratos e relacionamentos da Coelba, Petrônio Teixeira, uma das principais preocupações da empresa é com relação a uma possível elevação demasiada da plataforma móvel de um trio elétrico onde se apresentará o cantor Bell Marques, da banda Chiclete com Banana.



“Divulgou-se que esta plataforma seria elevada 12 metros além da altura do trio, que tem em torno de cinco metros. Isso seria absolutamente inviável”, declarou Teixeira.



Em seguida, o presidente da Associação Baiana de Trios Elétricos, Waldemar Sandes Novaes, assegurou que não há risco nem para o artista, nem para os foliões. “A plataforma móvel é utilizada por Bell há muitos carnavais, e sua estrutura está sendo aprimorada. A altura a que chega, no entanto, não vai mudar. Permanece em 1,8 metro, longe dos 12 metros que foram divulgados erroneamente”, afirmou.



A informação não foi suficiente para tranqüilizar a subcoordenadora de apoio às ações da Coordenadoria de Defesa Civil (Codesal), Ivone Valente. Para ela, por mais que sejam tomadas medidas de precaução, podem ocorrer problemas na hora do show. “O papel da Codesal é evitar acidentes, mas, no momento da festa, o apelo do público, a empolgação do artista e até a ingestão de bebidas alcoólicas podem implicar conseqüências desastrosas”, disse, considerando a possibilidade de a estrutura móvel se aproximar demais da rede de alta tensão e camarotes.



Incidentes - A subcoordenadora lembrou dos dois últimos incidentes ocorridos nas festas de 2005 e 2006, quando um trio elétrico ficou preso à Casa D’Itália e um fio de energia tocou as costas de um artista em cima de um trio. “Não aconteceu nada mais grave, mas poderia ter ocorrido, o que revela que não podemos deixar brechas que possam implicar acidentes”, disse.



De acordo com Petrônio Teixeira, gestor da Coelba, a tensão da rede é de 13.800 volts, o suficiente para levar à morte quem tocar um cabo. No entanto, o presidente da Associação de Trios Elétricos, Waldemar Novaes, afirmou que os trios já fizeram os percursos e toda a estrutura elétrica já foi adaptada à altura dos veículos.



Camarotes - Também participaram da reunião na Emtursa proprietários e gerentes de blocos e camarotes. “Aspectos como aterramento e distância entre as estruturas metálicas e cabos de alta tensão estão sendo observados. As irregularidades detectadas já foram corrigidas”, afirmou o coordenador de iluminação pública da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp), Raimundo Dias.



Edgar Couto, gerente-geral do bloco Papa, vem acompanhando o trabalho de prevenção. “É uma discussão essencial. Só no camarote do Papa circulam entre 1,5 mil a 2 mil pessoas por dia no Carnaval”, disse. Segundo Couto, nunca foram registrados acidentes.



O trabalho de prevenção também vem sendo acompanhado de perto pelo Crea-Ba (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Bahia). A técnica de fiscalização Josefa Edite da Silva também esteve presente na reunião e afirmou que, até o fim do Carnaval, o órgão estará “de olhos abertos”.



A Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) também vem tomando algumas medidas preventivas de segurança. Segundo o arquiteto fiscal André Luiz Alves, 40 notificações já foram feitas a moradores de casas onde há marquises no circuito Osmar (Campo Grande/Avenida). “Estas estruturas servem para proteger contra intempéries, e não sustenta pessoas em cima”, explicou.



Ainda segundo o arquiteto, no Campo Grande, serão preenchidos com pedra portuguesa alguns trechos de passeios que estão deteriorados. “Também serão retirados os anteparos que dificultam o trânsito de pedestres na Barra”, afirmou.



A Sesp, por sua vez, vai instalar 77.865 metros de cordões de luz (gambiarras) nos circuitos do Carnaval, número que representa um acréscimo de 6,13% em relação ao ano passado. 3.256 luminárias especiais e 1.373 projetores completam o sistema de iluminação.



Os barraqueiros que pretendem montar tendas para comercializar alimentos e bebidas durante o Carnaval devem entrar em contato com a Coelba e solicitar ligação à rede elétrica. Segundo Petrônio Teixeira, gestor da empresa, ligações clandestinas serão coibidas inclusive durante o decorrer da festa. Segundo ele, 300 fiscais e 60 viaturas circularão nas redondezas dos circuitos em busca de “ladrões de energia”. Paga-se uma taxa de R$ 60 para ligar uma barraca à rede.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Play

Veja o momento que caminhão de lixo despenca em Salvador; motorista morreu

Play

Traficantes do CV fazem refém e trocam tiros com a PM em Salvador

Play

Rodoviários reivindicam pagamento de rescisão no Iguatemi

Play

Vazamento de gás no Canela foi ato de vandalismo, diz Bahiagás

x