Arraiá da Capitá tem diversão para todos os gostos

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Enquanto casais rodopiavam em frente ao palco principal ao som da banda Calcinha Preta e lotavam o camarote para ver de perto os cantores Daniel Diau e Paulinha Abelha, centenas de admiradores da tradição dos festejos juninos se espremiam para assistir à apresentação da penúltima quadrilha concorrente da segunda noite do Arraiá da Capitá. Sem pernas à mostra, os dançarinos preservam a tradição importada da França, mas tão bem ambientada na cultura nordestina.

Com 24 dançarinos, mais o animador, a Forró Mandacaru, criada há 10 anos por jovens da Liberdade e região, iniciou a apresentação com uma encenação teatral, seguindo tendência atual de incrementar as coreografias com diversas manifestações culturais. A prosódia popular nordestina foi o mote escolhido para puxar os passos marcados e firmes da coreografia.

A quadrilha é uma das oito que se apresentam neste sábado em busca de duas vagas na final. Na sexta-feira, 6, primeiro dia do evento, também foram escolhidas duas concorrentes, eleitas pelos jurados do tradicional concurso. As quadrilhas Capelinha, de Saõ Caetano, e Terra Viva, composta por dançarinos do bairro de Cidade Nova, disputarão o troféu na grande final, que acontece nas últimas horas do evento.

Apesar do forte apelo comercial de bandas como Calcinha Preta, Cavaleiros do Forró e Saia rodada, atrações principais da segunda noite do Arraiá, há quem prefira os passos sincronizados, maquiagem carregada e longos vestidos bordados dos dançarinos de quadrilha.

É o caso da dona-de-casa Rosângela Vanderlei. "Ah, que saudade da minha galera", suspira a ex-dançarina de quadrilhas. "Dependendo da atração do palco, prefiro assistir às quadrilhas, matar a saudade", diz.