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SALVADOR

Ataques recentes revelam ação do MPA em Porto Seguro

Por Mário Bittencourt, de Porto Seguro

02/12/2011 - 0:28 h

As ações criminosas nos últimos dias em Porto Seguro (a 709 km de Salvador) trouxeram à tona uma facção que, segundo moradores locais, manda e desmanda há pelo menos um ano em três bairros da periferia da cidade. Batizada de MPA (Mercado do Povo Atitude), a facção, segundo a polícia, tem como líder o traficante André Marcos dos Santos, o Buiú, 26, e começou a atuar no Mercado do Povo, no bairro Baianão, o maior de Porto Seguro.

É neste bairro que o governo estadual vai implantar em 2012 uma Base Comunitária da Polícia Militar, conforme anunciou ontem o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa. “Até o final de 2012, esperamos que ela esteja funcionando. Essas bases reduziram em quase 100% os crimes em bairros de Salvador”, afirmou.

Outra medida adotada ontem para contornar a situação em Porto Seguro foi a transferência de 70 detentos da delegacia local para presídios de Serrinha, Valença e Esplanada. Na carceragem feita para 32 presos ainda ficaram 75.

Represália - Os ataques da quarta-feira, que resultaram em quatro ônibus queimados, dois apedrejados, vários estabelecimentos comerciais danificados e pânico na população de Porto Seguro, segundo a polícia, foi ordenada pelo líder do MPA, Buiú. Uma represália pela morte de Edilson Pereira Vianna, 33, o Aleluia, morto domingo a cerca de 100 metros da delegacia.

Segundo o delegado Evy Paternostro, Aleluia era do grupo de Buiú e teria ajudado na fuga, sábado passado, do traficante Rivaldo Freitas Oliveira, 30, o Maicão, que teria ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa paulista. Na fuga, Maicão, que estava preso na delegacia, matou um PM.

Três bairros - Pichações com a sigla MPA pelas ruas do Baianão, Paraguai e Ubaldinão, em escolas, postes, árvores e até muro de um posto de saúde, indicam o domínio do território por parte dos bandidos. Moradores dizem que os traficantes impõem regras, como não roubar no bairro, em troca do silêncio da população.

Com os traficantes rivais, porém, as ações são bem incisivas: tocam fogo em casas, matam, ameaçam familiares e fazem rondas armadas pertos sa casa dos inimigos. “Eles mandam aqui. Certa vez, roubaram roupas que vendo e me queixei com um deles; à noite, as roupas foram devolvidas em minha casa”, contou um morador do Ubaldinão.

Este mesmo morador relatou que “a malandragem” está revoltada com a morte de Aleluia porque, para eles, “a polícia sabia que ele seria assassinado”, por ter dado fuga a Maicão. O delegado Ricardo Feitosa diz que, por enquanto, não há relação entre a morte de Aleluia e a fuga de Maicão, e negou que a polícia tivesse informações que Aleluia seria assassinado.

Sobre a facção MPA, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, disse ontem, em entrevista coletiva, que a polícia está investigando: “O que temos de informação é que a quadrilha é comandada por Buiú”, disse. Ele afirmou ainda que 15 homens (seis deles menores de idade) suspeitos de ligação com a MPA foram presos, sendo que a participação de um deles nos ataques aos ônibus já está confirmada, com base em uma testemunha.

Identificado como Murilo Fernandes dos Anjos, ele está custodiado no Hospital Luiz Eduardo Magalhães, com queimaduras no ombro. O carro em que estava, durante os ataques, também foi apreendido.

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