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Caminhoneiros param atividades no porto de Salvador

A paralisação teve início na terça-feira, 5, comprometendo as atividades econômicas no estado

Publicado sábado, 16 de julho de 2022 às 19:01 h | Atualizado em 16/07/2022, 19:04 | Autor: Da Redação
As atividades de transporte de carga estão sendo feitas com escolta
As atividades de transporte de carga estão sendo feitas com escolta -

As atividades econômicas que dependem do transporte de carga por meio de rodovias, estão suspensas desde a última terça-feira, 5. Uma paralisação com origem no porto de Salvador, está comprometendo a chegada de insumos para o polo petroquímico de Camaçari, além do escoamento de produtos nas fábricas baianas, do transporte de mercadorias e da operação de cabotagem que passa pelo porto de Salvador e Aratu.

Supostamente, a paralisação de um grupo de caminhoneiros autônomos foi o motivo da suspensão do transporte, fato que está impedindo o funcionamento normal das atividades comerciais e industriais.

Os proprietários de empresas transportadoras, por sua vez,  reclamam de ameaças e ações violentas que comprometem a integridade de frotas particulares das empresas e dos motoristas terceirizados que não aderiram ao movimento. Enquanto isso, os manifestantes exigem que haja um reajuste de 15% no valor do frete, independente do acordo coletivo fechado entre o sindicato da categoria e as empresas transportadoras.

Segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos do estado da Bahia (Sindicam/BA) Jorge Carlos da Silva, a entidade repudia os atos de vandalismo contra o patrimônio e os profissionais que estão trabalhando e não aceita os bloqueios realizados para impedir que as cargas circulem, mas lamenta a falta de entendimento entre as partes.

“Solicitamos a intermediação do Ministério Público do Trabalho para intermediar esse impasse e só estamos aguardando uma posição do órgão”, afirmou Silva, reforçando que a paralisação traz prejuízos a todos.

O empresário Francisco Snoeck, Ceo da Logic Soluções Logísticas, afirmou que a paralisação e as ações ferem os acordos realizados ainda na greve de 2018, quando, à época, as empresas transportadoras e os caminhoneiros, após 15 dias parados, pactuaram uma série de medidas para evitar novas paralisações. 

“Em março do ano passado, acordamos que adotaríamos um índice de reajuste anual, com data base em abril e que, para evitar prejuízos ainda maiores com a oscilação no preço do óleo diesel, sempre que houvesse um aumento no preço do combustível acima de 10%, acionaríamos um gatilho de reajuste da ordem de 3,5%”, esclareceu. 

O representante da Snoeck lembrou, ainda, que em outubro de 2021 o repasse foi de 20% para minimizar os prejuízos com o aumento do diesel e que, em março desse ano, houve um novo reajuste de 10% no valor do frete. “Esse ano, os caminhoneiros pediram 27% de reajuste e mostramos que já havíamos feito a concessão de 30% no valor do frete”, completou. 

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