SALVADOR
Coliseu dos Jogos resgata a cultura do jogo de tabuleiro em Salvador
Por Larissa Borges* | Foto: Reprodução | Instagram

Para os nascidos dos anos 80 e 90, não tem nenhuma surpresa, mas para quem cresceu na era da tecnologia, a febre dos jogos de tabuleiros é a uma novidade, ainda mais quando se fala da capital baiana. Os jogos fazem parte do cotidiano da maioria das pessoas, com isso, a prática das luderias (espaços onde as pessoas se reunem para jogos analógicos) ganhou ascensão e dentro do contexto de games aqui em Salvador, o público consumidor tem crescido consideravelmente.
De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), em 2017 o setor de jogos que inclui tabuleiro, cartas e memória, teve faturamento de R$ 567 milhões, 6% maior do que em 2016.
Muito popular em estados do sudeste, essa atividade existe há cerca de 5 mil anos, em civilizações como Egito e Mesopotâmia. E no Brasil ganhou mais notoriedade nos anos 80 e 90, surgindo clássicos como War, Jogo da Vida e Detetive, mesmo tendo em contrapartida a criação dos jogos eletrônicos. Mas nos últimos anos, espaços dedicados a esse tipo de prática, voltaram a conquistar muitos adeptos e um dos motivos seria a interação que é proporcionada entre os jogadores. Por conta disso, Salvador ganhou mais um espaço dedicado a esse tipo de atividade, o Coliseu dos Jogos.
O atual dono Gabriel Avelar, 26 anos, usou de proveito a sua formação em Design de Games pela faculdade Anhembi Morumbi, na cidade de São Paulo, para empreender esse tipo de serviço na capital baiana, já que segundo ele, ainda é um mercado em expansão.
“Após a faculdade, quando retornei a Salvador, eu sentia falta de um local onde você pode jogar à vontade, algo comum em São Paulo. E, como esse tipo de empreendimento não existia aqui, eu quis fazer algo mais acessível para as pessoas que não conhecem”, explica Gabriel.
Projetando Inovação
Quando morava em São Paulo, Gabriel recebeu uma proposta para trabalhar na área de jogos de tabuleiro, com a promessa que um funcionário iria sair para ele entrar, mas isso não acabou acontecendo. E isso, foi o suficiente para voltar para Salvador com a ideia de que precisava abrir sua própria ludoteca. Ja que ao retornar, sentia falta do mercado de jogos aqui. Através de amigos em comum, conheceu Nanci Bonfim, 27 anos, que sozinha começou a criar um local para jogos de tabuleiros, e que mais tarde, se juntou a Gabriel, e deram continuidade ao projeto, com a ideia de encaixar o público gamer, acostumado a se reunir apenas no Gamepolitan e na Bon Odori.
O espaço funciona como um local de vendas, aluguel e fruição dos jogos, disponibilizando de maneira atrativa, a cultura RPG em um ambiente de conforto, e uma lanchonete. “ Meu objetivo era trazer o mercado de jogos para Salvador e criar essa cultura aqui num ambiente que o cliente pudesse sentir-se como em sua casa.” explicou Gabriel. O Coliseu dos Jogos funciona desde maio na Rua Ceará, na Pituba.
A paixão pelo jogo
Para os fabricantes e jogadores, a experiência dos jogos de tabuleiro não se iguala à dos jogos eletrônicos. Por isso, o local recebe muitas visitas, e um deles, é Elenon oliveira, 26 anos, que para ele no momento que se tem pouco dinheiro, o coliseu é uma boa ideia “Para Salvador pela opções que se tem, isso aqui se torna um diferencial”. Quem visita o local, se admira com a grande variedade de jogos, De acordo com Gabriel, o desafio é acompanhar o ritmo de mais de 16 editoras que abrem as portas todos os dias no Brasil.

* Sob supervisão da editora Lhays Feliciano
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