SALVADOR
Defeito em um dos motores pode ter causado queda de elevador
Por Jefferson Domingos
Um defeito em um dos motores do elevador pode ter causado a queda do equipamento de obra na área externa do edifício Mansão Carlos Costa Pinto, no Corredor da Vitória, na segunda-feira, 18, que despencou de uma altura de 20 metros e provocou as mortes de Ronério Silva dos Santos, de 35 anos, e do sobrinho dele Giovani Silva dos Santos, 17, que trabalhavam no local.
As informações são do auditor fiscal do trabalho e coordenador de investigação de acidentes da Superintendência Regional do Trabalho, Anastácio Gonçalves. Segundo ele, o funcionário que sobreviveu ao acidente, identificado como José Nilton Borges, 44 anos, pulou antes da plataforma atingir o solo e já recebeu alta médica.
Uma multidão acompanhou o sepultamento de Ronério e Giovani, nesta terça, 19, no cemitério Campo Santo, na Federação. Questionado quanto ao fato de um adolescente participar da obra, o advogado do condomínio, Moisés Dantas, responsabiliza a Tecport Ltda porque o nome de Giovani não estava na lista de funcionários enviada pela empresa.
Na segunda, o secretário de Desenvolvimento e Urbanismo, Sérgio Guanabara, disse que a obra estava irregular porque não possuía licença para a intervenção. O advogado do condomínio alegou que não haveria necessidade de licença de órgão fiscalizador. “A Lei Municipal 9.281/2017 isenta o licenciamento de obra de pintura, bem como o revestimento do edifício”, disse.
Já o secretário rebateu que, com a utilização do “elevador de cremalheira”, o serviço passar a necessitar de alvará, além de acompanhamento de um profissional capacitado. A Polícia Civil e o Ministério Público do Trabalho investigam o caso.
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