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SALVADOR

Falta de vagas em hospitais privados prejudica gestantes

Por Fabiana Mascarenhas

15/03/2015 - 8:03 h | Atualizada em 19/11/2021 - 6:42
Maternidades gestantes
Maternidades gestantes -

A peregrinação por vagas em maternidades de Salvador deixou de ser um problema restrito às mulheres que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS).

As gestantes que pagam por um plano - entre R$ 150 e R$ 500, segundo cotação feita por A TARDE - também não têm encontrado leitos obstétricos disponíveis na rede privada, seja para partos eletivos ou natural.

Segundo o presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb), Ricardo Pereira Costa, existem atualmente 165 leitos obstétricos distribuídos em seis hospitais da capital baiana.

São eles: Aliança, Português, Tereza de Lisieux - que só atende segurados do HAP Vida -, Jorge Valente e Santo Amaro, além da instituição filantrópica Hospital da Sagrada Família.

Este último atende beneficiários de planos na unidade do Monte Serrat, na Cidade Baixa. Os dados são do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), vinculado ao Ministério da Saúde.

A equipe de reportagem circulou por esses hospitais nos últimos dias. Na Maternidade Santo Amaro, por exemplo, a recepção estava lotada de pacientes e familiares na manhã do dia 27 de fevereiro.

Sem se identificar, a repórter procurou saber do recepcionista do Setor de Admissão se havia vaga disponível. A resposta: "Não há vagas, senhora. Está vendo essas gestantes que estão aí? Estão esperando desde a madrugada".

No espaço, cinco gestantes aguardavam por vagas. Entre elas estava M.B, 35, que saiu de Crisópolis, onde mora, às 6h de terça-feira, dia 24, e percorreu os 220 quilômetros até a capital para ter a primeira filha.

Agendou o internamento, segundo ela, seguindo a orientação do próprio hospital, mas ao chegar ao local foi informada de que não havia leito.

"A gente paga um plano caro para ter mais segurança e tranquilidade em um momento desses, mas não adianta. É revoltante o que fazem com a gente", disse, sem querer se identificar.

Dificuldades

Do Santo Amaro, ela foi buscar atendimento no Hospital Jorge Valente, também em vão. "Se eu não tivesse uma tia em Salvador que pudesse me acolher em casa, estaria pagando hospedagem e enfrentando essa maratona sozinha", pontuou.

Foram quatro dias entre uma e outra maternidade à espera de um leito. No dia em que a equipe de A TARDE a encontrou, ela novamente aguardava uma vaga no Santo Amaro: "Há previsão para hoje, mas não souberam me dizer o horário. Tenho fé!".

Superlotação

No Hospital da Sagrada Família, também no dia 27 de fevereiro, havia uma placa no Setor de Admissão informando que o tempo mínimo de espera era de 6h. A reportagem voltou ao local na última quinta-feira e a situação era ainda pior.

Um outro aviso indicava que não havia vagas para internamentos no hospital - tanto para gestantes quanto para recém-nascidos - por conta da superlotação. "Todos os leitos da unidade encontram-se ocupados".

Já no Jorge Valente - local em que a reportagem esteve no último dia 12, também sem se identificar -, a informação era que não dá para saber se há vaga disponível antes de a gestante dar entrada no hospital. "Só é possível saber, depois que a médica pede o internamento da paciente", disse a recepcionista.

No Teresa de Lisieux, a funcionária informou que o local estava cheio. Mas, caso a gestante chegasse, o atendimento seria realizado. "Só não sei que horas", alertou.

No Aliança, não há plantonistas, e os partos só são feitos com o encaminhamento de um obstetra, após a certificação da disponibilidade de leitos.

Na Maternidade Santamaria, do Hospital Português - a maior da cidade atualmente -, a situação estava tranquila no dia em que a equipe de A TARDE esteve no local, mas o coordenador médico, Leomar Lyrio, admitiu que tem sido difícil administrar a demanda. "Precisamos de ações urgentes", afirmou.

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