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SALVADOR

Famosos sugerem presentes para Salvador e a Bahia

Por Hieros Vasconcelos Rego

25/12/2012 - 7:40 h
Bobô (ex-jogador) e as cantoras Ivete Sangalo e Daniela Mercury
Bobô (ex-jogador) e as cantoras Ivete Sangalo e Daniela Mercury -

Nesta edição, reunimos os inúmeros presentes que artistas, educadores e profissionais de diversos segmentos dariam a Salvador e à Bahia neste Natal e no ano que se aproxima. São pessoas que, de forma direta ou indireta, têm uma participação na construção da capital e do Estado e conhecem bem a realidade na qual elas estão inseridas.

Em meio aos elogios a Salvador, foi unânime o destaque para o que tem ocorrido nos últimos anos: o desencantamento dos cidadãos, que não só testemunharam o descaso do poder público, como compactuaram com gestos e falta de atitudes positivas - jogando lixo nas ruas, desrespeitando as leis de trânsito, abandonando a coletividade e o acompanhamento de quem foi eleito pelo povo baiano.

Resgate da autoestima, segurança, civilidade, expansão do ensino superior, transporte público de qualidade, democracia participativa e até "vergonha na cara" são alguns dos presentes dos entrevistados. Imperou, entretanto, o desejo de que a primeira capital do Brasil volte a ser, para os baianos e brasileiros, referência de hospitalidade, alegria, tradição e respeito à diversidade. "Vamos nos reerguer e recuperar a força, a raça e a bondade do povo baiano", pontuou a ialorixá Stella de Oxóssi.

Leia os depoimentos:

Sara Brito, presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE): "Uma excelente administração para o governo do Estado como para o prefeito eleito de Salvador, um jovem que os eleitores depositaram tanta esperança e expectativas".

Marcelo Nilo, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA): "Eu daria de presente a gestão de um prefeito que conseguisse resolver os problemas da cidade, principalmente do congestionamento que toma o trânsito de Salvador a qualquer hora do dia. E, para a Bahia, eu daria de presente a queda do veto da presidente Dilma aos royalties do petróleo do pré-sal para que o Estado arrecadasse mais e pudesse ter mais investimentos".

Pedro Godinho, vereador: "Tenho certeza que a gestão ACM Neto vai dar início a um processo importante de recuperação da cidade, elevando sua autoestima e beneficiando sua população. E que a Bahia esteja cada vez mais fortalecida e com destaque no cenário nacional".

Aramis Ribeiro Costa, presidente da Academia de Letras da Bahia: "Sem dúvida nenhuma uma boa administração da prefeitura. Esse seria o melhor presente que Salvador poderia receber".

José Mascarenhas, presidente da Federação das indústrias do Estado da Bahia (FIEB): "O reencontro do caminho da prosperidade e crença no seu futuro. Uma gestão firme que reassegure sua importância e os seus valores históricos, sem deixar de oferecer aos seus habitantes soluções e serviços condizentes com uma cidade moderna, acolhedora, plena de oportunidades para todos".

Ícaro Vilaça, arquiteto, urbanista, professor da Faculdade de Arquitetura da UFBA e participante do Movimento Desocupa: "Sem dúvida o maior presente que Salvador pode ganhar é o fortalecimento da cidadania, condição imprescindível para a construção de uma cidade melhor e mais justa. Nosso déficit de cidadania tem relação íntima com tudo que nos aflige no dia a dia, seja em relação a coisas pequenas - como a falta de respeito com pedestres e ciclistas ou o lixo deixado em locais inadequados - como em relação aos grandes problemas da cidade, que se perpetuam vigorosamente diante do vácuo de participação e de controle social".

Mãe Stella de Oxóssi, do Ilê Axé Opô Afonjá: "Daria, para ser franca, mais organização e paz no trânsito de Salvador. Dentro de um carro fico com medo em Salvador. Você perde horas num espaço que levaria cinco a dez minutos. Um carro bate em um outro porque ninguém tem cuidado. As pessoas estão muito assanhadas, não respeitam uns aos outros. Nem quem é velho, nem quem é moço. Eu daria de presente, se pudesse, um banho de água calma nessa cidade toda, um banho de folha para poder acalmar as pessoas. Está todo mundo excitado. Estão perdendo os interesses pessoais, de crença, de amor. Ninguém tem mais amor por ninguém. É olho por olho, dente por dente. Está muito triste. Peço que todos, de acordo com sua crença, concentrem-se um minuto por dia para pedir paz e equilíbrio para o povo baiano. Vamos nos reerguer e recuperar a força, a raça e a bondade do povo baiano".

César Romero, artista plástico: "Para Salvador, daria de presente paciência às pessoas. Uma maior tolerância. Um maior senso de fraternidade. As pessoas estão ficando muito agressivas e Salvador não tem esse perfil. Salvador sempre foi uma cidade muito doce. E que ela permaneça assim, como era antes. Para a Bahia, um desenvolvimento melhor, porque a Bahia é uma terra muito especial. Ela não é melhor nem pior que outra. Mas nós somos um estado diferente. Uma coisa que eu gostaria que a Bahia tivesse é mais progresso. É o que eu daria de Papai Noel para a Bahia".

Harildo Deda, ator: "Limpeza para essa cidade que está abandonada. E que alguém adote essa cidade e dê condições para que a gente possa viver. E não é só limpeza das ruas, mas uma limpeza contra a violência, contra as ruas esburacadas. Enfim, alguém precisa adotar e cuidar dessa cidade abandonada".

Luiz Antônio Cajazeiras Ramos, poeta e escritor: "Numa passagem do poema 'Elegia', de 1996, eu escrevi: 'Salvador de ouro, meu berço e sarcófago, minha trincheira e horizonte, minha guerra e paz, fidelidade única de minha inconstância tanta'. Confirmei este sentimento no início do último parágrafo de meu discurso de posse na Academia de Letras da Bahia, em agosto último: 'A cidade, meu Bahia, a música de Beethoven e a poesia são territórios de minhas constâncias. O mais é imprevisível'. Se eu fosse rico, seguiria o exemplo estrangeiro e destinaria parte de meu patrimônio a uma fundação voltada para a educação de jovens e o incentivo à arte e à literatura. O que tenho hoje para presentear minha terra é meu amor incondicional e inviolável.

Geraldo Cordeiro, presidente da CDL Salvador: "O melhor presente para Salvador é a união de todos os segmentos e a sua população para que a cidade, no menor espaço de tempo, volte a ser orgulho de seus habitantes e dos turistas que nos visitam. Há muito trabalho a fazer para que a cidade retome seu crescimento, arrume a casa, e volte a ser considerada como a mais aconchegante das capitais. Tenho certeza que temos potencial para equacionar os nossos mais graves problemas e ocupar nosso lugar histórico de destaque entre todas as capitais brasileiras".

José Manoel Garrido, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA): "Fortalecer a imagem de povo hospitaleiro aliada à qualidade do atendimento e novas opções de lazer."

Carlos Amaral, presidente da Fecomércio-BA: "Nós podemos ajudar o prefeito ACM Neto a recuperar a cidade, pois tudo aqui está uma lástima! O trânsito está travado, a cidade está muito suja e esburacada, várias sinaleiras sem funcionar, metrô envergonha qualquer cidadão. Isto para não me alongar mais, pois ainda havia muito a falar".

Marcos de Meirelles Fonseca, presidente da Associação Comercial da Bahia: "Sabemos que o caminho para alcançarmos um mundo mais justo e humano é longo, muitos problemas são graves e os desafios já para 2013 são muitos. No entanto, acreditamos que 2013 será um ano marcado pela ação, com o aumento dos investimentos públicos e privados em projetos sociais, econômicos e ambientais."

Luiz Carlos Dórea, treinador de Boxe e MMA: "Os presentes que daria a Salvador seriam a Arena Fonte Nova e um ginásio. O primeiro, já podemos comemorar. Está quase pronta. O segundo, ainda nutro essa esperança. Precisamos de um ginásio para realizamos lutas, jogos, enfim, receber grandes competições. Falta isso na cidade"

Bobô, ex-jogador e titular da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb): "Salvador precisaria de tanto presente, mas aquele que eu daria é o mesmo que eu gostaria de receber: uma cidade com melhor qualidade de vida. Salvador precisa resgatar essa qualidade de vida".

Artur Maia, jogador do Vitória: "Que seja um Natal feliz para todos. Recentemente, temos visto muita violência na Bahia. Meu presente seria então um Estado com menos violência"

Marcelo Guimarães Filho, presidente do Esporte Clube Bahia: "Gostaria que a Bahia, em geral, fosse um lugar melhor para se viver, já que este povo baiano é trabalhador e merece ter mais saúde, educação, segurança e emprego. A Bahia já é um lugar abençoado por suas belezas naturais, pela alegria do seu povo e seria um lugar perfeito se os serviços públicos funcionassem no nível em que os baianos merecem.

Glória Cecília Figueiredo, urbanista e diretora-presidente da Sociedade Brasileira de Urbanismo (SBU): "Em 2013, desejo uma participação ativa da sociedade civil, que ele tenha capacidade de sonhar, mas também força para lutar e construir uma cidade com justiça social, igualdade racial e de gênero e mais felicidade para todos. Que cobremos aos governantes suas responsabilidades com o interesse coletivo, mas que também sejamos e façamos nós a mudança que desejamos, rompendo preconceitos e superando os limites. Especialmente no campo do urbanismo, desejo que o poder público pare de privatizar a cidade e priorize a urbanização dos bairros populares, ampliando a oferta de transporte, serviços e redes de infraestrutura públicas e de qualidade e oferta de emprego decente, que os imóveis ociosos do Centro Antigo sejam destinados para implantar habitação social e equipamentos públicos, que tenhamos planos e projetos discutidos e elaborados com a população, evitando soluções com remoção e impactos negativos para os moradores".

Dora Leal, reitora da Universidade Federal da Bahia: "Queremos tantos presentes. Tanta coisa que Salvador e a Bahia precisam e merecem. Mas eu destacaria, entre muitos presentes, a expansão da educação superior pública do nosso estado e da nossa cidade em particular. De qualidade, e que fosse abrangente, inclusiva e possibilite a entrada de diferentes segmentos da sociedade. Ofereça também produção de conhecimento, extensão e assistência".

Marily dos Santos, atleta fundista: "Uma nova mentalidade de viver em sociedade, partindo do mais humilde cidadão até o novo prefeito da cidade. Precisamos renovar a forma de demonstrarmos nosso amor pela cidade. Que os presentes para a capital e para o Estado não se resumam apenas a um novo estádio ou uma nova ponte ou praça. Precisamos de mais responsabilidade com o bem público. De material eu nem anseio uma pista de atletismo, pois, durante anos, desejei e ela não veio. Acho que papai Noel só gosta de futebol".

Roberto Santos, ex-governador: "O sofrimento maior de Salvador, nos últimos tempos, tem sido o problema do tráfico e da mobilidade. E não sei como será resolvido. Como presente, penso num processo de educação voltado especialmente para o aprendizado nas áreas das ciências e da tecnologia. É o que de melhor se poderia proporcionar à juventude".

Maria Lúcia dos Santos, coordenadora do Movimento de População de Rua: "Mais respeito pela vida humana e que nenhuma pessoa precise viver em situação de rua. Mais políticas públicas para essas pessoas, um povo mais solidário, participativo, que colabore para uma cidade melhor".

Vilma Reis, socióloga e coordenadora do Ceafro, programa de educação para igualdade racial e de gênero do Centro de Estudos Afro-Orientais, Unidade de Extensão da UFBA: "Livrar a cidade de quem está golpeando ela, e dar oportunidade para as meninas negras, porque há uma situação dramática que estamos vivendo".

Daniela Mercury, cantora: "O presente de Natal que Salvador precisa é um governo empreendedor, atuante, honesto, que compreenda a importância cultural da nossa cidade, e que tenha os olhos voltados para construir um futuro melhor".

Consuelo Pondé, historiadora e presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB): "Mais civilidade e qualidade de vida, que passa por segurança, organização, trânsito sem estresse e sem crianças nas ruas esmolando. Consertar a cidade. Colocar nos prumos. Dar condição dessas pessoas andarem no trânsito facilitado. E menos violência. Uma melhoria na qualidade de vida dos baianos".

Murilo Krieger, arcebispo primaz do Brasil: "Meu presente de Natal a Salvador é feito de três palavras: paz, solidariedade e amor. Paz, porque este foi o presente de Deus por ocasião da vinda de Seu Filho ao mundo: 'Paz na terra aos homens amados por Deus'; solidariedade, porque ninguém é feliz sozinho: como filhos e filhas de Deus, só seremos felizes fazendo os outros felizes; e amor: para que a cidade de Salvador se transforme na cidade do Salvador, onde Ele esteja no centro da vida de cada pessoa que aqui mora - cidade abençoada até em seu nome".

Clarindo Silva, comerciante do Pelourinho há 40 anos, dono da Cantina da Lua: "A completa revitalização do centro histórico. O centro histórico, apesar das intervenções, continua na UTI. Uma revitalização cívica, social e econômica. Ao longo desses seis anos, 70 comerciantes fecharam as portas. E mais segurança, apesar de ser um dos locais mais policiados. As pessoas não conseguem andar no Pelô 100 metros sem que ninguém lhe aborde. Daria ações sociais para o centro histórico inteiro, não só Pelourinho. E a conclusão das obras, o cumprimento das promessas que são sempre feitas. Educação para os moradores"

Ivete Sangalo, cantora: "Infraestrutura, transporte e moradia decente para toda a população. Educação de qualidade e uma cidade e um estado que façam jus à sua beleza natural".

Aninha Franco, escritora, dramaturga e diretora teatral: "Eu gostaria de presentear Salvador com educação de extrema qualidade, como a que eu recebi das escolas públicas Góes Calmon, Colégio da Bahia e Direito da UFBA, as três com suas estruturas físicas intactas nos bairros de Brotas, Nazaré e Canela. Então, é só preencher essas escolas (e todas as outras) com o conteúdo que minha geração recebeu do Estado, nos anos 1960 e 1970, e Salvador será uma cidade eficiente e produtiva, além de naturalmente linda, criativa e alegre. As ruas estarão sempre limpas; os gestores não usarão a coisa pública em benefício próprio; seus humanos não farão de suas calçadas banheiros públicos. Milhares de soteropolitanos terão suas sobrevivências resolvidas. E, aos poucos, sem analfabetos funcionais, os princípios de igualdade, fraternidade e liberdade darão sentido à vida em sociedade na cidade de Salvador".

Rita Santos, presidente da Associação das Baianas de Acarajé e Vendedoras de Mingau (Abames): "Respeito à cultura da cidade, às baianas de acarajé, mulheres que movimentam a economia. A restauração da cidade, do seu patrimônio histórico e cultural. Daria de presente aquela Salvador bonita, amada, com sua cultura respeitada".

Rita Tourinho, promotora do Ministério Público: "Uma administração pública comprometida com o interesse público e livre de toda a corrupção, livre de tanto mal que vem causando a nossa cidade e ao povo soteropolitano".

Pastor Djalma Torres, da Igreja Batista Nazareth, na Graça: "O abraço fraterno e solidário aos que não têm chances de celebrar o Natal, como os que vivem na rua, os empobrecidos de recursos e de espírito, os que estão atrás das grades, as vítimas da violência em suas múltiplas manifestações, as crianças e os idosos. Gostaria de presentear Salvador com o abraço irmão de toda a cidade: negros e brancos, católicos e protestantes, judeus e muçulmanos, seguidores dos cultos de matrizes africanas e os espíritas, os que seguem religiões de menor número de seguidores e os que não têm religião. Gostaria de abraçar a todos e todas que lutam por ética, transparência, compromisso social e cuidado com a cidade em todos os níveis: na vida pública, particular e individual. Gostaria, por fim, de pensar que todos nos irmanamos numa grande afirmação de que a vida é mais do que dormir, acordar, comer e trabalhar, porque ela também é fé, esperança, amor e paz".

Margareth Menezes, cantora: "Como cantora, eu posso pensar em um presente cultural. Salvador mereceria mais uns três teatros do porte do Teatro Castro Alves. É triste para uma cidade de mais de 2,5 milhões de habitantes ter apenas um palco para grandes estreias. Mas a gente sabe que nossa metrópole precisa de bem mais. Mais educação e menos violência, além de uma reforma geral nos serviços e infraestrutura pública, sobretudo o transporte, incluindo um sistema viário eficiente, finalmente um metrô, um ferryboat adequado. Temos uma cultura e criatividade popular ímpares. De certa forma, Salvador merece ganhar não um presente de Natal, mas um 2013 de recuperação da estima do seu povo e isso é um trabalho que deve ser contínuo".

Carlos Costa Gomes, coordenador do Observatório de Segurança Pública da Universidade dde Salvador (Unifacs): "Um combate efetivo à violência e à propaganda enganosa. Dizem que a saúde e a segurança vão bem, mas a realidade que vemos é outra: as pessoas morrendo e se matando. Fazem uma propaganda dizendo que atendimento à saúde está ótimo, dizendo que a base comunitária é um espetáculo. É isso que eu quero dizer. Que a propaganda não seja hipócrita. E mais segurança"

Bel Borba, artista plástico: "Eu daria uma malha de calçadas descente para toda a cidade para que as pessoas pudessem andar adequadamente, sem o risco de quebrar a perna, sem atolar o pé na lama, sem serem atropeladas, sem carros estacionados no passeio. Nossas calçadas são todas terríveis, esburacadas, inacessíveis para cadeirantes, ambulantes, para tudo. Eu acho que seria um bom presente, uma boa malha de calçada para a cidade. E para a Bahia, uma malha rodoviária para ajudar a escoar a produção, para aumentar o turismo, as pessoas não seriam obrigadas a morar na capital. A intenção é melhorar a circulação na cidade e no Estado".

Frank Menezes, ator: "Autoestima, porque eu acho que as mazelas e os problemas nós todos já estamos vendo. Nos acostumamos a dizer que a cidade está abandonada e eu acho que isso se tornou algo meio contagioso. E a gente fica muito triste com o que está acontecendo com a nossa cidade. Mas é uma tristeza que está meio recorrente. Na verdade, nem sei se 'tristeza' seria a palavra porque triste a gente não fica. A gente usa muito aquela expressão 'é só alegria' e acho que é isso que nos impulsiona. Nós somos um povo reconhecido pela alegria. Somos vistos lá fora como pessoas hospitaleiras, bem-humoradas, felizes e isso nós somos. Então, quando eu falo 'autoestima', me refiro, por exemplo, a situações em que a pessoa fala 'só acontece na Bahia'. Se você pega uma fila grande logo alguém diz 'você tá na Bahia'. E eu acho que assim a gente está se depreciando. A gente está meio que aceitando o que está acontecendo como sendo também uma característica nossa. E isso é muito chato. Aí eu acho que tem que ter uma autoestima. A gente tem que levantar, dar um bom dia feliz e não por obrigação".

Ordep Serra, antropólogo, professor da UFBA e membro do Movimento Vozes de Salvador: "Democracia participativa, porque isso não está existindo. E exemplo claro dessa inexistência foi aprovação do PDDU e da Louos pela Câmara dos Vereadores sem que houvesse consulta pública, na calada da noite, para que não houvesse impedimentos. Também daria mais honestidade aos políticos. Presentearia Salvador com o direito de sermos ouvidos".

José Medrado, espírita kardecista e mestre em família pela Universidade Católica de Salvador (Ucsal): "Eu daria mais atenção e cuidado à nossa gente e em especial aos abrigos, orfanatos que andam tão desassistidos do poder público. Mais atenção e carinho às crianças e, se pudesse, efetivamente reerguer a autoestima da cidade que está tão destroçada. O soteropolitano não está registrando amor para sua cidade".

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