SALVADOR
Feirantes se queixam de atraso nas obras em São Joaquim
Por Jair Mendonça Filho

Comerciantes e frequentadores da Feira de São Joaquim, Cidade Baixa, têm sofrido com infiltrações e alagamentos em dias de chuva e reclamam do atraso das obras de requalificação. Iniciada em 2011, a reforma da feira tinha previsão de conclusão no primeiro semestre de 2014 e conta com um investimento de cerca de R$ 60 milhões.
A equipe de reportagem de A TARDE esteve nesta domingo, 18, pela manhã no local. Durante a visita, chovia muito. Instalações improvisadas, pontos de alagamento, muita sujeira, goteiras nos telhados e forte mau cheiro foram alguns dos problemas detectados.
Reclamações
O feirante Edson de Almeida, 33 anos, disse que poucos clientes vão à feira em dias chuvosos. "Tem freguês que quando chove não vem porque já sabe que é muita lama. Assim fica difícil trabalhar".
Segundo o taxista Miguel Soares, a obra está parada: "Trabalho aqui há anos e tem tempo que não vejo operários trabalhando na obra. Só tem seguranças no local. Comerciantes e clientes sofrendo e o governo nem aí. É um absurdo".
A reforma da Feira de São Joaquim foi dividida em três etapas. A primeira, a adequação de um galpão para receber os comerciantes de forma provisória, foi concluída em dezembro de 2011.
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A segunda, que previa a reestruturação da enseada de São Joaquim, também já está pronta. Entretanto, a terceira e última etapa, que prevê a estruturação do miolo, está atrasada.
O empresário Marinalvo Santos Santana, 41, disse que vai ao local todos os sábados. Para ele, a Feira de São Joaquim foi esquecida pelo poder público.
"Sou obrigado a comprar minhas mercadorias aqui, pelo preço e qualidade dos produtos, mas infelizmente isso aqui está um caos".
No galpão provisório o cenário é outro. Boxes em perfeito estado, banheiros limpos, fiscais de segurança e muita organização. Entretanto, comerciantes reclamam de queda nas vendas.
Antônio Ferreira, 45, que é dono de um boxe, diz que o local é escondido e os clientes preferem comprar na feira velha. "Com todos esses problemas, os clientes só querem comprar lá. Aqui o movimento é muito fraco", afirmou o feirante.
A entrega de 500 novas unidades está programada para o dia 13 de junho. Este foi o novo prazo dado pelo secretário de Turismo do estado, Pedro Galvão, e por Ubiratan Cardoso, presidente da Companhia Estadual de Desenvolvimento Urbano (Conder).
Após o término das obras, a Feira de São Joaquim passará a contar com 1.339 boxes e 876 bancas. Os permissionários não vão pagar taxas para usar o novo equipamento. O espaço também terá 56 vagas gratuitas de estacionamento, disponibilizadas ao longo da avenida Oscar Pontes, em frente à feira.
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