SALVADOR
Garis são assaltados durante limpeza de rua no Calabetão
Por Alexandre Santos

Vinte garis tiveram seus pertences roubados enquanto faziam serviços de limpeza e roçagem no bairro do Calabetão, em Salvador, às margens da rodovia BR-324.
O crime foi cometido por volta das 15h da terça-feira, 18, quando eles arrumavam os equipamentos de trabalho em um dos canteiros da região. Segundo a assessoria da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), os funcionários são terceirizados da empresa Jotagê e já estavam no fim do expediente.
“A informação é procedente. Eles fizeram hoje pelo final da manhã o boletim de ocorrência”, respondeu o órgão à reportagem. O Serviço de Investigação da 11ª DT (Tancredo Neves) informou, por sua vez, que, até o fim da tarde desta quarta, 19, apenas duas vítimas estiveram na unidade para formalizar queixa. A Polícia Militar disse não ter tomado conhecimento do caso. Ninguém foi preso.
No B.O., consta que os criminosos levaram celulares, carteiras, dinheiro e mochilas nas quais havia marmitas com a refeição dos garis. Um dos profissinais registrou que três homens chegaram ao local em um Corsa sedã preto - dois deles desceram do veículo armados e anunciaram o assalto.
“A gente estava arrumando o material De repente, vejo dois caras vindo em nossa direção. Gelei na hora.... Já sabia que ia perder”, relatou.
Profissão em risco diário
O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Intermunicipal (Sindlimp-BA) afirma que são constantes os casos de furtos, assaltos e até mesmo assassinatos de profissionais do setor, a exemplo do que vitimou o gari José Nildo da Cruz Souza, 32 anos.
Ele foi morto no dia 14 de fevereiro deste ano, após ser baleado no peito, durante uma troca de tiros entre criminosos, no bairro Nova Vitória, em Camaçari (Grande Salvador).
“Ser trabalhador em limpeza urbana virou profissão de risco. Exigimos medidas imediatas do Estado para assegurar a segurança da categoria. Os garis trabalham com medo. Eles estão em constante perigo na rua. Todos os dias temos problemas de assalto e agressão que resultam da falta de segurança”, assinalou, à época, Ana Angélica Rabello, presidente do Sindlimp.
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