FESTEJO
Gringos marcam presença no 2 de Julho
Festa reuniu pessoas de diferentes nacionalidades
Por Artur Soares | Portal Massa!
A comemoração do 2 de Julho parece encantar até mesmo quem não é baiano. Durante a passagem do desfile pela Praça Tomé de Sousa, localizada em frente ao Elevador Lacerda, alguns gringos aproveitaram o momento para curtir como baianos genuínos.
Ksenia Solodovnikova, 36, veio da Rússia e estava curtindo o feriado pela primeira vez. "Eu não sabia que acontecia essa movimentação. Esse ano eu soube e vim ver para saber o que vai acontecer", contou. Morando em Salvador há quatro anos, ela explica que decidiu conferir o desfile esse ano para saber mais sobre a história brasileira. "Se comparado com a Rússia, o Brasil é muito mais livre. Quero ver como as pessoas lutaram, saber mais sobre essa experiência", explicou.
A escolha de Salvador como sua nova casa se deu por conta da presença da capoeira na capital baiana. "Na Rússia, eu comecei a praticar capoeira e a história da capoeira vem daqui", detalhou. Em seu tempo vivendo aqui, Ksenia acumulou bastantes experiências positivas. "A capital é linda, muito diferente e com muita alegria. No geral, é muito legal", pontuou. Ela também destacou algumas diferenças entre Salvador e sua terra natal. "As pessoas lutam mais abertamente, não só no seu canto, elas podem se manifestar e mostrar que estão contra alguma coisa. Na Rússia não, todo mundo fica quieto", comparou.
Quem também estava aproveitando o evento pela primeira vez foi o argentino Diego Nicolas, 44. Vivendo há quase uma década no Brasil, Diego veio passar o período junino na Bahia e acabou sendo conquistado pelo 2 de Julho. "É uma expressão maravilhosa do encontro de diversas raças que compõem a cultura brasileira. A força que tem os tambores, as cores, a expressão popular, tudo maravilhoso. Também é destaque o desejo do povo, expressado em cartazes", observou.
Curtindo o evento desde às 9h na companhia de amigos, ele ressaltou que não conhecia a importância da data até viajar para Bahia. "Infelizmente a data não é tão conhecida assim no Brasil. Eu, mesmo sendo doutor em serviço social e tendo que estudar sobre a história brasileira, não conhecia. Aqui na Bahia eu conheci a importância do 2 de Julho e fiquei emocionado. Eu ia continuar minha viagem, mas fiquei só para viver essa maravilha", destacou.
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