SALVADOR
História do Sodré teve Jorge Amado e Castro Alves
Por Mary Weinstein, do A TARDE
Os empresários denominaram a área de interesse de “Santa Tereza”, em alusão ao Convento de Santa Tereza de Ávila, fundado na Rua do Sodré, pelos Carmelitas Descalços, no século XVII. É nele que está instalado o Museu de Arte Sacra, pertencente à Universidade Federal da Bahia. Seus jardins e encosta foram classificados como non aedificandi, pelo decreto municipal nº 4.524 de 1973. E todo o conjunto, composto por capela e convento, foi tombado pelo Iphan, em 1938.
A Rua do Sodré herdou o nome do antigo proprietário da área, Jerônimo Sodré, como era comum no passado. É, na verdade, uma ladeira que ajuda a ligar as cidades Alta e Baixa porque emenda com a Ladeira da Preguiça e com a da Conceição. O Sodré, como é chamado, é repleto de sobrados do século XIX.
O do Colégio Estadual Ipiranga, no nº 43, foi onde morreu o poeta Castro Alves, em 1871. A casa é tombada pelo Iphan desde 1938. A residência teria sido construída no começo do século XVIII, pelo dono da área chegado à Bahia em 1661 e teria pertencido a Francisco Lopes Guimarães, antes de ser vendida ao pai do poeta. Jorge Amado é outro ilustre que também viveu por ali. A casa do colecionador de postais Marcelino, que deu origem ao Museu Tempostal, no Pelourinho, também serve como referência. O artista plástico Carlos Bastos foi outro que habitou o bairro. Morou em uma casa da Rua da Jaqueira que tinha ampla vista e belos bancos embrechados com búzios.
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