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SALVADOR

Imbuí: um bairro vertical

Por Meire Oliveira, do A Tarde

09/11/2007 - 22:29 h

Vertical em quase toda a sua extensão, a impressão inicial de quem visita o Imbuí é a de que o bairro não pára de crescer. São 14 prédios em construção, que serão somados aos 214 já existentes em 72 condomínios, ocupados por cerca de 40 mil habitantes.

No início, reinava no Imbuí (que significa pequena fruta agreste, redonda e roxa) apenas o primeiro condomínio do bairro planejado por construtoras: o Rio das Pedras, que foi entregue em 1978 com 11 prédios de 12 andares e 528 unidades habitacionais. Esta é a data de nascimento do Imbuí, às margens da Avenida Luiz Viana Filho, Paralela.

O nome se consolidou logo após a criação do segundo e terceiro conjuntos na área: Condomínio Parque Residencial Vivendas e Moradas do Imbuí. Antes disso, era conhecido como Bolandeira, onde as dunas predominavam na paisagem. Nos primeiros anos, o local era ocupado, principalmente, por trabalhadores do Pólo Petroquímico, depois isso foi mudando.

“Era o melhor acesso para os funcionários. Mas a gente ficava afastado da cidade. O pão era comprado em uma Kombi que passava todos os dias, e os taxistas só entravam aqui se a gente pagasse a viagem de volta”, lembra Paulo Rogério, um dos primeiros moradores do condomínio.

O nome do primeiro conjunto vem do rio que nasce na região do Cabula, corta a Paralela pelo Imbuí e desemboca na Boca do Rio. Mas, com o tempo, a falta de infra-estrutura básica de comércio para área residencial, aliado ao aumento das construções, fez surgir o que hoje caracteriza o bairro: a quantidade de shoppings.

No início, eles apenas atendiam à demanda ligada à rotina dos primeiros moradores, com a abertura de padaria, farmácia, açougue e mercadinhos. O primeiro dos 15 empreendimentos existentes hoje, a maioria de classe média, foi o Centro Comercial do Imbuí, chamado carinhosamente de CCI pelos moradores.

Reclamações – Hoje, são cerca de 500 lojas distribuídas em mais de 600 atividades no complexo espalhado pela região. Mas, apesar da quantidade, o fluxo de consumidores não é satisfatório. Como a maioria dos moradores possui carro, frota de mais de 10 mil veículos, a preferência acaba sendo pelos dois grandes centros comerciais próximos. “Todo shopping localizado aqui oferece serviços variados, mas falta prestígio. Aqui, não temos as grandes redes, onde costumamos comprar, apesar da posição estratégica”, disse a moradora e comerciante Lúcia Moreira.

No entanto, a cultura das construções verticais pode ser causa de dois problemas: violência e falta de infra-estrutura. Quase todos os condomínios, pela extensão, possuem associação de moradores para administrar as imensas áreas comuns.

“A preocupação em administrar o espaço fechado diminui o zelo com o que existe fora dos limites dos condomínios. Ninguém se reúne para brigar por melhorias no bairro por inteiro. E olhe que pagamos IPTU como área nobre”, lembrou Paulo Rogério.
Mas nem só de condomínios é formado o Imbuí. Entre as elevadas torres, é possível encontrar casas entre os espaços deixados pelas construtoras, como o terreno onde a contadora Clara Marinho, 40 anos, construiu sua casa. “Nada contra apartamentos, mas em casa chamo a vizinha do lado para conversar e a gente fica aqui no passeio, olhando a rua”, contou.

Os limites não são claramente definidos. Mas alguns chegam a afirmar que a área do bairro absorve parte do Conjunto Guilherme Marback (que se estende pela Boca do Rio) até as Dunas da Bolandeira, chegando até parte da Avenida Jorge Amado (que é o antigo Vale do Cascão).

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