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SALVADOR

Impasse: funcionamento do comércio no dia 1º de maio segue indefinido

Por Da Redação

28/04/2021 - 8:57 h
Os trabalhadores propõem o funcionamento do comércio no dia 1º de maio, mas mantendo a folga no Dia dos Comerciários | Foto: Shirley Stolze | Ag. A TARDE
Os trabalhadores propõem o funcionamento do comércio no dia 1º de maio, mas mantendo a folga no Dia dos Comerciários | Foto: Shirley Stolze | Ag. A TARDE -

Há três anos sem um acordo acerca da convenção coletiva de trabalho, representantes do Sindicato dos Comerciários de Salvador e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas-BA) negociam a abertura do comércio neste sábado, 1º de maio, feriado do Dia do Trabalho.

A fim de viabilizar o funcionamento das atividades, dirigentes patronais enviaram uma proposta aos trabalhadores, que será submetida à análise. Em entrevista ao programa Isso é Bahia, na rádio A TARDE FM, na manhã desta quarta-feira, 28, o presidente do Sindicato dos Comerciários de Salvador, Renato Ezequiel, acredita ser difícil a categoria aceitar.

“Pela proposta, eles (Sindilojas) querem trocar o Dia dos Comerciários, em outubro, consagrado há 22 anos, por dois feriados: 1º de maio e Corpus Christi, em 3 de junho. Acho difícil trocar dois feriados por um. Não é moeda de troca, é uma moeda de negociação”, avaliou.

Contraproposta

A contraproposta dos trabalhadores é pelo funcionamento do comércio no dia 1º de maio, mas mantendo a folga no Dia dos Comerciários (18 de outubro). “Vamos aguardar até dia 10 de maio, prazo para envio da proposta de convenção coletiva, para que possamos sanar esta situação que vem atrapalhando a vida dos comerciários e a vida da cidade como um todo”, afirmou.

Outro ponto que trava a negociação está relacionado ao acordo do salário-base da categoria. Segundo Ezequiel, ao longo de três anos os reajustes salariais dos trabalhadores foram abaixo da inflação: 2020 (4,13%), 2019 (3,94%) e 2018 (2,8%).

“É um passivo trabalhista que a lei permite que, de fato, repasse pelo menos as inflações aos trabalhadores, o que não vem acontecendo. Apenas as grandes empresas têm vindo ao sindicato para firmar acordos individuais. No ano passado, foram firmados acordos com aproximadamente 85 empresas, sendo que a maioria ficou de fora”, concluiu.

Confira a entrevista na íntegra:

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