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SALVADOR

Influenciadoras mirins: conheça a história de quatro baianinhas que bombam na web

Por Bianca Carneiro*

12/10/2018 - 13:53 h | Atualizada em 21/01/2021 - 0:00
A pequena Aimée Bassalo já soma mais de 14 mil seguidores no Instagram
A pequena Aimée Bassalo já soma mais de 14 mil seguidores no Instagram -

Quando se pensa em crianças utilizando a internet, logo vem à mente os famosos joguinhos para computador, tablet e smartphone. No entanto, para uma geração marcada pela tecnologia, o interesse vai muito além dos games e sites pensados para o público infantil e começa a chegar em plataformas utilizadas majoritariamente por adultos: as redes sociais.

O uso ainda desperta a desconfiança e o alarme dos pais. E com razão. Em 2017, um estudo da Safernet, entidade que combate crimes virtuais, apontou que 20% das crianças e adolescentes que usam a internet no Brasil disse ter visto imagens ou vídeos com conteúdo sexual. Dessa parcela, 18% recebeu esse material por meio de mensagens nas redes sociais.

Porém, apesar da ameaçadora presença de pedófilos na internet, têm crescido o número de crianças que utilizam redes como Facebook e Instagram não só para brincar, como também para contar aspectos da sua rotina. O sucesso de alguns perfis mirins alçaram os pequenos em todo o País a status já conhecidos entre adultos: os de influenciadores digitais.

A pequena Aimée Bassalo é um desses exemplos. Com apenas sete anos de idade, a baiana já acumula cerca de 14 mil seguidores no seu Instagram. No perfil, fotos sorridentes, além de participações em eventos e parcerias comerciais são os responsáveis por cativar o público que acompanha as postagens da menina. Segundo a mãe de Aimée, a empresária Rafaela Santos Reis, a filha ama a rede social e adora fotografar e fazer vídeos. A paixão é tão grande que ela, que também possui Facebook, pretende iniciar um canal no Youtube.

“O conteúdo que a Aimée posta é sobre acontecimentos da rotina dela como cuidados com o cabelo, aceitação dos cachos, dicas de cinema e atrações infantis em Salvador. Mas tudo é controlado por mim, pois como dizem os mais velhos, internet é terra sem lei. Já aconteceu de perfis pedófilos seguirem o dela e até entrar em contato. Imediatamente eu bloqueio, faço a denúncia e oriento as outras mães que têm filhos blogueiros a ter cuidado com eles”.

Celebridades mirins

Assim como Aimée, a também baiana Maria Fernanda de 11 anos, tem uma grande legião de seguidores. São mais de 13 mil perfis que acompanham as postagens e stories da Mara, como é conhecida no Instagram, sobre moda, beleza, cuidado com o cabelo, slime e até dicas de viagem e estudo. A pequena influenciadora digital recebe sempre mensagens pedindo indicações dos produtos que usa, dicas para os cabelos cacheados, além de elogios tanto online, quanto presencialmente vindos de outras crianças e de suas mães.

Imagem ilustrativa da imagem Influenciadoras mirins: conheça a história de quatro baianinhas que bombam na web
| Foto: Reprodução | Instagram
Maria Fernanda sempre recebe mensagens pedindo dicas de produtos e de como cuidar dos cachos

A fama da menina também já lhe rendeu parcerias, nas quais a menina faz divulgação para empresas. A mãe da Maria Fernanda, que também é responsável por monitorar a rede e o seu uso, explica que na maioria das vezes a postagem é voltada para a faixa etária dela, mas que também acontece de ser direcionada para as mamães, mas que tudo acontece com muito controle. “Existe o respeito à vontade dela. Nada que comprometa a imagem, o desenvolvimento físico, emocional e os seus estudos. Eu e o pai ficamos preocupados com a exposição, com o cumprimento dos compromissos, com os estudos e sobretudo de Maria ter uma infância e adolescência saudável”, afirma.

Em um caminho parecido está a Gabriela Menezes de oito anos. A “Gabi Blogueirinha” como se autointitula no Instagram sonha em ser famosa na rede social. Dentre os temas que aborda nas publicações, um em especial é o seu preferido: as receitas de comida que faz e compartilha com os seus 302 seguidores. Em cinco meses de atuação, Gabi já colhe os frutos. “As pessoas me procuram e falam que se divertem com minhas publicações”, conta.

A mãe de Gabriela, a empresária Cláudia Mota Menezes, diz que aceitou o novo hobbie da filha porque ela se diverte e aprende. Mas que o acesso é sempre controlado. “Eu e o pai ajudamos na escrita das postagens, principalmente quanto as palavras, mas ela tem noção do que pode e não pode divulgar”, afirma.

Imagem ilustrativa da imagem Influenciadoras mirins: conheça a história de quatro baianinhas que bombam na web
| Foto: Reprodução | Instagram
Gabriela adora falar sobre as comidas e refrescos que prepara no seu perfil do Instagram

Empoderamento pelas redes

Do uso responsável das redes pelas crianças, outro grande exemplo chama a atenção por não se tratar apenas de diversão, e sim, uma lição sobre empoderamento e combate ao racismo. Aos 10 anos de idade, a Noemy Damasceno passou por uma situação de discriminação racial na escola onde estudava. Devido ao episódio, ela começou a se achar feia e dizia que não gostava do cabelo ou da sua própria cor. Foi aí que a mãe, a jornalista Genilce Damasceno, entrou em cena para resgatar a autoestima da filha.

De um conjunto de ações como cursos e atividades físicas, conforme a menina descobria a sua beleza, foram surgindo outras oportunidades como convites para fotos, desfile e eventos. Tudo isso resultou no perfil do Instagram de Noemy, onde hoje, aos 12 anos de idade, já acumula mais de 22,5 mil seguidores. Em uma das postagens do feed, composto em grande parte por fotos, ela agradece por ser quem é. “A liberdade de ser eu mesma não tem preço”.

De discriminada a empoderada, segundo Noemy, o perfil que é monitorado pela mãe, chega a lhe render até mesmo fãs de todas as idades. “Pessoas desconhecidas chegam me chamando pelo nome, conversando comigo sobre algum storie que postei ou foto para alguma marca. Acho estranho e engraçado ao mesmo tempo, mas no fundo eu gosto. Os colegas (de escola) não falam muito sobre os meus trabalhos, geralmente a gente se reúne para jogar vôlei e brincar, só isso mesmo”, conta.

Pais na conexão

Se as redes vêm trazendo benefícios como empoderar as crianças, estimular a sua oralidade, desenvolvimento social e diversão para os pequenos, por outro lado, é preciso ficar de olho na hora de deixar as crianças conectadas. Para a psicóloga Joana Gomes, para assegurar o bom uso, é fundamental que os pais acompanhem o uso das redes sociais pelos filhos, conversem sobre os riscos possíveis das e deixem um diálogo aberto para que eles os procurem caso percebam algo errado em alguma conversa ou sobre algum conteúdo visto.

“Crianças sem um filtro ou monitoramento dos pais podem ter acesso a conteúdos inapropriados como pornografia, violência, prática de bullying, venda e compra de substâncias ilícitas, contato com desconhecidos que pode gerar sequestro, abuso sexual infantil, dentre outros perigos. Nem sempre os pais pensam em todas essas consequências ao fornecer um telefone a uma criança ou adolescente, mas é necessário que o façam”, aconselha.

Imagem ilustrativa da imagem Influenciadoras mirins: conheça a história de quatro baianinhas que bombam na web
| Foto: Reprodução | Instagram
Com a ajuda da mãe e do seu Instagram, Noemy Damasceno reencontrou a sua autoestima

A especialista também chama a atenção para perfis que buscam adultizar a criança. Segundo Joana, tentar transformar uma criança em um mini adulto, afeta o desenvolvimento delas, o que, além de trazer consequências como a perda da infância, da socialização, e da fase do brincar, pode acabar acarretando em baixa autoestima no futuro.

“Essas crianças adultizadas vão crescendo e deixando de ser “engraçadinhas e fofinhas”, perdendo regalias e holofotes, e isso gera tais aspectos. Cabe aos responsáveis avaliarem o que seria melhor para os filhos e estabelecer um limite para que a criança consiga vivenciar suas fases adequadamente, incluindo as frustrações nelas contidas”, explica.

Siga as meninas no Instagram:

Gabriela Menezes: @gabi_blogueirinha

Aimée Bassalo: @aimeebassalo

Maria Fernanda: @marafventura

Noemy Damasceno: @noemydamasceno_

*Sob supervisão da jornalista Keyla Pereira

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