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SALVADOR

Lavagem do Bonfim: Conheça os segredos da água de cheiro

Por Marta Erhardt

10/01/2007 - 15:18 h

Um milhão de pessoas participam da Lavagem do Bonfim nesta quinta-feira, 11, segundo estimativa da prefeitura. A maior festa popular de Salvador antes do Carnaval reúne baianos e turistas que seguem o cortejo da Conceição da Praia até a Colina Sagrada em louvor a Senhor do Bonfim.



O ritual termina nas escadarias da Igreja, que são lavadas com água de cheiro. O banho com a mistura, carregada em jarras pelas baianas, também é disputado por devotos e simpatizantes. Acredita-se que o líquido retira as energias negativas do ano que passou.



A água de cheiro é composta por sete folhas, escolhidas de acordo com o Orixá que rege o ano. Por isso, a mistura de 2007 leva plantas relacionadas a Obaluaiê e Exu. “O banho é para renovar as energias no ano que se inicia”, explica a baiana Rita Ribeiro.



Há cinco anos ajudando no preparo da mistura, ela explica a função de alguns ingredientes. “Tem seiva de alfazema, água de flor, alecrim, manjericão macho e fêmea, folha da fortuna (para atrair dinheiro), folha do velho (para livrar das doenças), arruda (para tirar mal olhado) e macassá”.



As plantas utilizadas são recolhidas na mata pelos ogãs e levadas para a associação das baianas, na Praça da Sé, onde a mistura é preparada. Mas engana-se quem pensa que a água de cheiro pode ser feita de qualquer forma. O ritual a ser seguido é respeitado pelas baianas na hora da produção.



“A pessoa não pode estar de cabeça quente, porque é preciso muita concentração. Ao mesmo tempo em que amassamos as folhas, fazemos os pedidos para o ano novo”, explica Rita. Onze baianas prepararam a mistura na noite desta quarta-feira, 10.



Segundo Rita, 500 baianas fazem parte do cortejo. Antes de seguir para a concentração, tradicionalmente, todas passam na associação para pegar as jarras (conhecidas como quartinhas, no Candomblé) com água de cheiro. Para atender à demanda, a oferenda foi produzida em grande volume, para encher as 500 quartinhas, de acordo com Rita. “A quantidade exata eu não sei, mas preparamos cinco panelões”, conta.



Depois de pronta, a água de cheiro é coberta com um pano branco e distribuída nas quartinhas antes do sol nascer. Flores do campo, angélicas e rosas enfeitam as jarras, que são carregadas nos 8 quilômetros de trajeto.



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