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SALVADOR

Obra para a contenção do mar na Praia de Jauá é contestada

Por Emanuella Sombra, do A Tarde

14/10/2007 - 21:17 h

“Isso aqui, a primeira maré que vier vai derrubar tudo”, profetiza o pescador Alberto Souza Bonfim, sobre a obra que a prefeitura de Camaçari está realizando na Praia de Jauá, conhecida como Bacia do Grilo, no distrito de Vila de Abrantes. A polêmica gira em torno da solução para conter a força da maré, apontada por muitos moradores como frágil demais para suportar a ressaca.

O aposentado Lúcido Brandão, morador da região, reclama que outras barragens já foram destruídas antes, nos dez anos em que ele mora em Jauá. “Eles deveriam colocar, no mínimo, cimento, porque só pedra não vai agüentar a força do mar”, conclui o aposentado, indicando o pedregulho deixado a poucos metros de distância . Sobre a finalidade da obra, Brandão diz que “a prefeitura está gastando dinheiro à toa”.

Ressabiados, muitos moradores observavam a ação da escavadeira, na última quinta-feira, ao mesmo tempo em que contestavam a finalidade da intervenção. “Além de tudo, os banhistas foram prejudicados, porque agora há muito menos espaço na areia”, reclamou o barraqueiro Sebastião Nery da Silva.

Além da barreira de pedra – de aproximadamente 500 metros de extensão – parte da Praia de Jauá foi tomada por um aterro que torna mais larga a calçada da orla. Nas últimas ressacas, as ondas atravessavam a rua, batendo nas muradas das residências à beira-mar, o que motivou a prefeitura a fazer a contenção.

Oposição– Rogaciano Medeiros, coordenador de comunicação da prefeitura de Camaçari, respondendo pela Secretaria de Infra-Estrutura, justificou ser necessária a estrutura. Medeiros garantiu que a intervenção solucionará definitivamente o caso, e que as rochas servirão para “a onda chegar no muro já sem força”. Para ele, o objetivo é de que as pedras sejam soltas mesmo, para quebrar o impacto da maré.

“É uma das obras fundamentais dessa gestão, feita por uma das melhores empresas de engenharia do País para este tipo de caso”, completou o coordenador. “Muitas queixas são de pessoas da oposição, querendo prejudicar o governo”, disse ele.

Contrariando a idéia de Medeiros sobre o grau de instrução dos autores das críticas, o engenheiro civil Sérgio Araújo reafirmou a opinião predominante. Para Araújo, que também é morador, há, inclusive risco de morte para os banhistas, “que podem ser jogados contra o paredão na maré alta”. “Colocaram um aterro de barro, e isso pra mim é crime ambiental, pois no dia em que vier uma chuva torrencial aquilo vai tudo para a praia”, disse.

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