SALVADOR
Oito barracas devem ser demolidas em dois dias úteis
Por Eder Luis Santana, do A TARDE On Line
Dois dias. Esse foi o prazo dado para desativação e demolição de oito barracas no canteiro central da Rua Alberto Fiúza, no Imbuí. Todas funcionam em uma área de risco por estarem sobre a rota de uma adutora da Embasa.
Os donos foram notificados nesta sexta, dia 07, por agentes da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom). Válido para dias úteis, o prazo de 48 horas expira na terça-feira da próxima semana.
Fazem parte da relação as barracas Pedágio do Imbuí, Barraca da Tia, Portal do Imbuí, Terapia, Zurca, Barraca do Pipoca, Barraca do Galego e Ramblas.
De acordo com o procurador do município, Pedro Guerra, a notificação é uma tentativa “pacífica” de retirar as barracas. Caso o prazo seja descumprido, o Tribunal de Justiça (TJ-BA) será acionado para incluir o apoio policial na operação.
Pegos de surpresa, os barraqueiros prometem manter o funcionamento no final de semana e planejam pedir ajuda ao prefeito João Henrique (PMDB) para solucionar o impasse. De acordo com a advogada da Associação dos Barraqueiros do Imbuí, Suzelma Santana, "o prefeito não foi localizado hoje, mas assessores garantiram que estaria em Brasília, com retorno previsto para segunda-feira".
Os barraqueiros tentarão negociar. A primeira alternativa será recuar as estruturas na área da adutora. Outra sugestão é deslocá-los para outras áreas do bairro. “Ninguém quer ficar em área de risco, mas é injusto retirar pessoas que sobrevivem há décadas nas barracas", comenta a advogada.
A retirada das oito barracas foi autorizada em agosto pelo TJ, depois de um estudo da Embasa mostrar que a adutora põe em risco a vida das pessoas.
Saiba mais sobre a situação dos barraqueiros do Imbuí na edição impressa de A TARDE deste sábado, ou clique aqui .
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