SALVADOR
Polícia usa drones contra o tráfico de drogas
Por Alexandre Santos

Policiais civis da Coordenadoria de Operações Especiais (COE) passaram a contar com um recurso de guerra na cruzada contra o tráfico de drogas em Salvador.
Guiados a distância, os chamados drones – aeronaves não tripuladas – têm auxiliado investigadores a mapear e a identificar possíveis rotas de fuga, pontos de venda de entorpecentes, armas e esconderijos em bairros e localidades consideradas áreas críticas da cidade. Atualmente, a unidade policial dispõe de dois equipamentos.
“É um recurso bastante útil, econômico, menor e mais preciso. Principalmente para adentrarmos em áreas mais populosas. Muitas vezes, perdemos tempo procurando um determinado alvo”, detalha o delegado André Viana, coordenador da COE.

Policiais acessam dados colhidos por meio de monitores
Resultados
Ele explica que, desde a aquisição do novo aparato, já houve 19 diligências. Nesse período, a COE cumpriu dezenas de mandados de prisão e de busca e apreensão, contabilizou quatro flagrantes e chegou a uma área de plantio de maconha.
A incursão mais recente ocorreu na última quinta-feira, na localidade de Nova Constituinte, em Periperi, no subúrbio ferroviário. Durante a ação, sete equipes, com aproximadamente 30 policiais, coletaram nomes das ruas, travessas, numeração das casas, além do registro de estabelecimentos comerciais.
Segundo Viana, a utilização da ferramenta faz parte da operação COA (Conhecer, Operar e Aproximar), que visa estreitar laços com a população.
Enquanto o drone opera pelos ares, por terra os agentes distribuem panfletos do Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública. “Se a polícia não tiver apoio da comunidade, será difícil lograr êxito”, diz Viana.

Incursão mais recente ocorreu na última quinta, na localidade de Nova Constituinte, em Periperi, com participação de cerca de 30 policiais
Recursos
O delegado André Viana afirma que a operação COA é realizada semanalmente. De acordo com ele, por meio das imagens aéreas, é possível visualizar imóveis usados pelos traficantes e as possíveis rotas de fuga sob outra perspectiva.
“Isso nos auxilia a entrar nas localidades de uma forma mais efetiva, sem troca de tiros, a posicionar as viaturas de um determinado modo, entre outros pontos importantes”, acrescenta o titular da COE.
Segundo o delegado, as informações levantadas durante a realização das incursões aéreas serão repassadas para um futuro banco de dados, de modo a atender as outras unidades policiais.
“Essa ação faz parte de um projeto maior, de fortalecimento de mais de 40 operações integradas realizadas pela Polícia Civil”, salienta Viana.
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