SALVADOR
Prédio abandonado no bairro de Ondina gera transtornos para moradores
Por Lorena Murici*

Uma parte da Avenida Oceânica, em Ondina, seria interditada neste final de semana devido a demolição de um imóvel abandonado, contudo, de acordo com a Prefeitura de Salvador, a ação foi suspensa por uma questão judicial. A Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo (SEDUR) cancelou o processo que teria início neste sabado, 21, e ainda não tem uma nova data para realizá-lo. Com obras na via, parte da avenida, no sentido Rio Vermelho, segue interditada desde o dia 2 de maio, causando grande lentidão no trânsito.
De acordo com os moradores da região, o prédio abandonado vem gerando transtornos há bastante tempo. Ivana Santos, morada do bairro há 5 anos, se diz a favor da demolição da construção, que, de acordo com ela, dará lugar a um ponto de ônibus. "Meu marido mora aqui na Ondina há mais de 20 anos, minha sogra mora nesse edifício ao lado. Apesar destes transtornos que nós estamos passando agora, eu sou a favor. Tudo que está sendo feito trará coisas boas", comentou Ivana sobre a interdição do trecho e das obras no local.
A respeito do abandono do imóvel, a moradora afirmou que ela mesma já chamou os proprietários para prestar queixa da situação. "Está abandonado há muito tempo, já teve diversos moradores de rua aqui. Eu chamei a dona para avisar desses inquilinos, ela veio, e eles saíram, só que depois vinham mais deles e arrombavam."
Localizado próximo a uma comunidade de habitações populares, o imóvel está largado há mais de oito anos, conforme Edinaldo Matos, porteiro de um condomínio vizinho. "Eu trabalho aqui há oito anos, desde que eu cheguei está assim, já foi invadido várias vezes, aí os empreiteiros vinham, expulsavam os inquilinos, colocavam algo para fechar. Geralmente, eles vinham dessa comunidade aqui atrás, ficavam na praia e de noite iam dormir no prédio. Eu nem sabia que iam demolir, fiquei feliz, já estava na hora."

Coberto por pichações, a propriedade, hoje, só é protegido por um portão com cadeado. As vias em obras não contam com nenhuma fiscalização da Transalvador.

*Sob supervisão da editora Maiara Lopes.
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