SALVADOR
Produtora recrutou 'acompanhantes'
Por Maíra Azevedo

Washinton Santos, o Pepê, 34, não tem papas na língua. Coreógrafo renomado e atuando como casting (aquele que seleciona elencos), ele conta que o mundo da moda sempre esteve rodeado de prostituição, mas garante que empresas conceituadas não fazem 'book rosa' e que a pratica é mais frequente no eixo Rio-São Paulo.
Tem prostituição no meio da moda?
A prostituição no Brasil acontece como se fosse legal, todo mundo conhece quem faz. Existe sim quem faz 'book rosa' (mulheres) e quem faz 'book azul' (homens), mas isso é uma postura individual, particular. Grandes empresas não permitem isso, muito pelo contrário: se souberem que um modelo faz programa ele será limado.
E aqui na Bahia, como acontece o esquema?
Aqui é muito pouco realizado. É uma prática mais comum no Rio e em São Paulo. Agora, no Carnaval, algumas produtoras procuram. Este ano mesmo, uma empresa estava recrutando garotas para trabalhar também como acompanhantes.
O que acontece com quem faz 'book rosa'?
A pessoa pode ter o cachê triplicado, é verdade, mas sua carreira como modelo tende a morrer. Não funciona. É um grana que não rende e a pessoa se queima profissionalmente.
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