SALVADOR
Queda de criança em jaula alerta para comportamento no zoo
Por Yuri Silva

Ir com os crianças ao zoológico requer atenção às orientações de segurança exibidas nas placas de sinalização. Não bater em vidros, respeitar as faixas delimitadas para a circulação de pessoas, evitar barulho em espaços específicos e não alimentar animais são algumas das regras que, em Salvador, são exibidas em avisos aos visitantes do jardim zoológico da cidade.
Os alertas tornaram-se ainda mais importantes, após um garoto de quatro anos cair no cativeiro de um gorila no zoológico de Cincinnati, cidade de Ohio, nos Estados Unidos. O acidente lançou luz sobre a importância de ter um padrão de comportamento cuidadoso no espaço, para evitar maiores problemas.
Na capital baiana, o coordenador do parque, Gerson Norberto, explica que várias medidas vêm sendo adotadas, desde 2008, para garantir a segurança dos 45 mil visitantes que vão ao parque todo mês, de acordo com a estimativa da administração. Entre elas, está a substituição das estruturas de grades por vidros.
Proteção
São esses equipamentos, na maioria dos espaços, os responsáveis por separar seres humanos e animais, o que, para a administração do zoológico de Salvador, garante "satisfatoriamente" a resistência a possíveis impactos, principalmente de felinos e ursos, as duas espécies consideradas mais perigosas no espaço.
"São estruturas laminadas e temperadas, que são resistentes", afirma Norberto, que diz observar, no dia a dia, a desobediência das regras estabelecidas.
"Muitas vezes as crianças gritam nos lugares onde é proibido e os pais não acham necessário inibir esse tipo de comportamento", afirma. "Quando está escrito ali que não pode gritar, é porque o animal pode se assustar e se recolher, não é por acaso", complementa.
Atualmente, 1.650 animais de 250 espécies vivem no zoológico da capital baiana, conforme o coordenador, Gerson Norberto. Para conter tanta gente e manter a estrutura em funcionamento, 121 funcionários - entre biólogos, vigilantes, veterinários e tratadores - atuam no local.
Atenção
O casal Cleber e Ester Santos Jesus afirma que ficam atentos ao pequeno Liel, 2 anos, toda vez que vão ao espaço. Eles têm medo de, em um "lapso", acabarem provocando acidentes.
"Tem que ter cuidado, porque criança é difícil de controlar. Quando você menos espera, eles somem, correm", afirma Cleber, enquanto passeia com o filho próximo às zebras. Nesse espaço específico, não há vidros - e sim grades - para separar animais e visitantes. Placas, no entanto, orientam as pessoas a evitarem, por exemplo, curvar-se sobre as cercas.
No caso da dona de casa Luana Drielle, 21 anos, a preocupação com possíveis acidentes no zoológico tem início ainda em casa. Ela diz conversar com o irmão, o pequeno Pedro Henrique, 9 anos, antes de sair para os passeios realizados no parque.
"Chamamos ele e falamos logo que não pode dar comida ou se debruçar nas jaulas, porque evita o constrangimento de acontecer algo aqui", contou ela.
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