SALVADOR
Relação que extrapola o amor paternal
Por Içara Bahia l A TARDE
Desde cedo, Láiza já demonstrava pressa em aproveitar cada segundo de vida. Ela nasceu no carro, conta André, certo de que força e determinação caminham juntas na jornada da pequena garota desde o nascimento.
Láiza não quis esperar a mãe chegar ao hospital e veio ao mundo ali mesmo, no táxi, que conduzia André e a esposa, Conceição de Maria Magalhães Silva, à maternidade. A minha aventura com ela começou ali, recorda.
Nem André nem Conceição sabiam que Láiza seria especial. Ele, que tinha 23 anos e já era pai de Samuel, não havia desejado um segundo filho. Não tive muita participação no acompanhamento da gravidez. Me afastei um pouco, conta ele.
Ao ser informado pelo médico sobre a síndrome da filha, que acabara de nascer, André tomou a responsabilidade para si. Não fiquei preocupado com o que ela tinha, mas com o que eu iria fazer para cuidar dela.
Ele desconhecia a síndrome de Down. Foi tudo novo, uma surpresa. Fui buscando os meus próprios caminhos e descobrindo cada vez mais até conhecer a Apae, diz.
Por indicação da ex-patroa, mãe de um rapaz de 30 anos que possui a mesma deficiência genética, ele buscou a ajuda da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais.
André não mede esforços e apoia a filha a todo instante. Eu sempre digo que ela consegue, que é capaz. O desenvolvimento dela me marca muito, diz.
Láiza participa das atividades da Apae há cinco anos. Atualmente, frequenta a associação três vezes por semana e tem aulas de educação especial, além de assistência médica e pedagógica.
O amor pelos filhos, garante André, é incondicional.
Serviço
Para informações sobre o trabalho realizado pela Apae: Tel.: (71) 3270-8300.
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