UFBA
Restaurante universitário volta a funcionar nesta sexta-feira
Unidade Manoel José de Carvalho instalada no campus de Ondina estava suspensa desde outubro do ano passado
Por Maurício Viana*

Os estudantes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) podem voltar a almoçar no Restaurante Universitário (RU) Manoel José de Carvalho do campus de Ondina a partir de hoje. Suspenso desde outubro do ano passado, o funcionamento dos serviços é retomado no almoço, das 11h às 14h, e no jantar, das 17h às 20h.
Com uma oferta média estimada de 2.700 refeições diárias de segunda a sexta, dias de maior movimento, de 1.200 aos sábados e, aos domingos e feriados, de 700, o local atende gratuitamente estudantes bolsistas que são beneficiários do serviço de Residência Universitária, do auxílio moradia e do auxílio alimentação. Demais estudantes de graduação e pós-graduação pagam o valor de R$ 2,50, enquanto os professores e os técnicos administrativos desembolsam R$ 14,39 pela refeição.
A suspensão das atividades foi ocasionada por uma situação de infecção alimentar, o que foi direcionado para a Vigilância Sanitária pela Ufba. Após a investigação, o órgão identificou o problema e determinou o fechamento.
Juliana Marta, coordenadora de Ações Afirmativas, Educação e Diversidade da Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proae), substituindo a pró-reitora até junho, explica que, a partir disso, foi desfeito o trato com a terceirizada e aberto um pregão para outra empresa assumir a produção das refeições. A previsão do serviço da empresa ganhadora Meiodia Refeições Industriais Eireli é seguir os padrões anteriores já que o contrato é o mesmo.
“É uma alimentação estudantil com saladas, pratos quentes, sobremesas e suco, além da opção do ovolactovegetariano. Mas, basicamente segue o padrão dos restaurantes universitários pelo país”, pontua Juliana.
De acordo com o diretor executivo do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufba, Osny Guimarães, os restaurantes universitários precisam ficar abertos a todo o custo e de forma efetiva, sem abrir e fechar constantemente, porque é o principal mecanismo de assistência estudantil da Ufba. Muitos estudantes precisam escolher se pagam a passagem ou se alimentam, o que impede muitas pessoas de entrarem ou finalizarem a universidade.
“Eu, por exemplo, sou bolsista do RU e do auxílio moradia. A Ufba, atualmente, tem 50 mil estudantes, dos quais muitos precisam disso. Então, participar destas lutas pela reabertura é nossa obrigação. Nós não conseguimos estudar com fome. É um serviço importante para o estudante ter possibilidade de acesso a uma alimentação de qualidade por R$ 2,50 ou de graça, no caso dos bolsistas, e conseguir exercer suas funções acadêmicas”, comenta.
Segundo Osny, o DCE esteve em diálogo constante com a Proae, acompanhado as reuniões e o processo de chamamento das empresas do pregão, desde o início. “Tudo estava sempre muito bem esclarecido. Nós percebemos que estávamos incluídos e não tinha a necessidade de fazer algum ato pela reabertura, porque entendemos que não dependia da universidade, mas sim do rito legal. Porém, apesar de não ter feito, houve muita movimentação do corpo estudantil”, finaliza.
Pontos de distribuição
Além do RU da Ondina, a Ufba possui mais três locais previstos para a distribuição das refeições por Salvador, com empresas diferentes: em São Lázaro, funcionando desde o início do semestre; no Canela, que também será inaugurado hoje; e na Vitória, com previsão de início ainda neste ano. No RU do Canela, a diferença será o valor da refeição para os professores e os técnicos administrativos, por R$ 22,79. “Um dos pedidos dos estudantes era a abertura do ponto no Canela porque abrange vários cursos. Não existe a possibilidade de uma universidade pública sem RU”, finaliza Osny.
*Sob a supervisão da editora Meire Oliveira
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