SALVADOR
Retirada de árvore gera polêmica em condomínio de luxo
Árvore da espécie samaúma tem mais de 30 anos e 20 metros de altura
Por Da Redação

A ameaça de corte de uma árvore com cerca de 30 anos e mais de 20 metros de altura está gerando polêmica entre moradores do Costa Verde, um condomínio de residências de alto padrão na Av. Orlando Gomes, em Piatã, bairro na orla de Salvador.
A árvore em questão é uma Samaúma (Ceiba pentandra), uma espécie amazônica que pode atingir até 90 metros de altura, com raízes tubulares também chamadas de sapopembas. A situação teve início quando, para limpeza de um lote entre as ruas D e E do condomínio, um grupo de trabalhadores chegou com motosserras na quinta-feira passada (28) para a derrubada da árvore, chamando a atenção do advogado Virgilio de Carvalho Neto, morador há 20 anos do Costa Verde, que interveio para não permitir a derrubada da Samaúma.
"Quando eu vim morar aqui esta árvore já tinha algum porte, o que permite calcular que deva ter no mínimo 30 anos", diz Virgilio. Ele solicitou ao engenheiro responsável pela equipe que suspendesse o corte da árvore enquanto iria até a administração do condomínio para obter informações a respeito da autorização para a derrubada. "Eles aproveitaram para iniciar o corte de vários galhos, fazendo uma mutilação da árvore", conta o morador, que juntamente com um funcionário da administração do condomínio conseguiu interromper a ação.
O lote que está sendo preparado para construção pertence a um morador do Costa Verde, que apresentou um documento municipal que permitiria o corte da árvore. No entanto, o advogado Virgilio Neto alega que a Autorização para Supressão de Vegetação apresentada não contempla a derrubada da Samaúma que, de acordo com ele, está fora do limite do lote.
O caso chegou até o grupo que reúne moradores no aplicativo WhatsApp e tem gerado diversas manifestações em torno da questão. Enquanto a situação de impasse está sendo analisada pela adminstração do condomínio e moradores, foi feito um acordo para a suspensão do processo de derrubada da árvore até o meio-dia da próxima segunda-feira (02), quando deverá ser tomada uma decisão. "Considero este um assunto de grande relevância, pois, para mim, a flora e a fauna ainda preservadas aqui constituem o nosso maior patrimônio", argumenta Virgílio.
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