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SALVADOR

Rodovias federais que cortam a Bahia estão saturadas

Por Carolina Mendonça, do A TARDE On Line

27/06/2008 - 16:32 h

Os congestionamentos formados na saída da cidade durante o São João evidenciaram o esgotamento da capacidade das rodovias BR-324 e BR-116 de escoarem os veículos da capital para o interior do Estado. De acordo com a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), em 2005, o Volume Médio Diário (VMD) de carros que deixava Salvador era de 25 mil. Em 2008, estima-se que este número tenha triplicado. O aumento deste fluxo, porém, não foi acompanhado por ampliações ou melhorias significativas nas estradas.



Embora o período junino não ilustre a realidade cotidiana da movimentação de veículos pelas estradas baianas, por se tratar de uma data em que muitas pessoas deixam a capital, a situação das BRs 324 e 116 é consenso entre especialistas e poder público: ambas precisam de recuperação e ampliação. “Tanto o corpo estradal precisa ser refeito como a duplicação destas vias é necessária”, explica o engenheiro civil especialista em rodoviárias, João Coelho da Costa.



“Há dez anos trafego por esta estrada (BR-324) e está horrível. Os remendos no asfalto não estão mais dando conta, tem que arrancar e reconstruir tudo de novo”, opina o motorista de caminhão César Roberto Massulini, 48.



Além dos buracos e oscilações na pista, quem passa pela rodovia reclama da falta de acostamento, de sinalização e solicita novas vias de acesso. “Do jeito que está, não dá mais. Quando passa de Simões Filho, se o motorista tem qualquer problema e tenta ir para o acostamento, pode até capotar, por conta do desnível de quase 40 centímetros”, protesta o administrador de uma empresa de transportes, Wellington Dutra, 50.



No São João de 2007, a Dnit calculou que o volume de carros a sair de Salvador chegou a 125 mil. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) estima que este número seja maior e que, em 2008, 300 mil veículos deixaram a capital baiana no mesmo período.



Embora não tenha dados estatísticos, a assessoria jurídica e de comunicação da PRF afirma que o acréscimo no fluxo tem relação direta com o número de acidentes de trânsito nas estradas. A informação é confirmada por João Coelho da Costa. “Quando o nível de serviço (capacidade de trânsito) de uma estrada diminui, por conta de congestionamentos, a imprudência aumenta causando mais acidentes. É um comportamento mundial”, explica.



Concessão - A solução para os problemas das BRs 324 e 116 vai passar pela concessão de exploração das estradas pela iniciativa privada, segundo a Superintendência Regional da Dnit. O processo já foi iniciado e a última audiência pública que antecede a confecção do edital vai acontecer na próxima segunda-feira, 30, em São Paulo. Em seguida, são feitos estudos para o edital e o contrato do leilão.



“Depois da aprovação do texto pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o edital deve ser lançado em meados de setembro. Se tudo correr conforme o previsto, as obras podem começar em janeiro de 2009”, disse o superintendente regional da Dnit na Bahia, Saulo Pontes Souza.



A primeira etapa da obra a que o superintendente se refere à recuperação e ampliação da BR-324 em, pelo menos, uma pista, no trecho que vai de Salvador a Feira de Santana (incluindo o contorno deste município) e tem 113 quilômetros. Em seguida, serão requalificados os 524 quilômetros da BR-116 que ligam Feira de Santana à divisa do Estado com Minas Gerais. Trechos da BA-528 e da BA-526, que leva ao Porto de Aratu, também serão refeitos. A obra deve durar cerca de dois anos.



Pedágio - Com a concessão, virão também os pedágios. Ao longo das BRs, devem ser construídas sete praças (estruturas de cobrança). Perguntados sobre a futura existência da tarifa, a maior parte dos motoristas entrevistados diz aceitar a taxa, desde que a qualidade das rodovias melhore.



“Claro que a gente já paga muitos impostos, mas se a estrada ficar boa e eu não tiver mais problemas por causa dos buracos, sinalização e falta de pista, não me importo de desembolsar” argumenta Manoel de Souza, 39.

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