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22/01/2024 às 6:00 - há XX semanas | Autor: Jane Fernandes

SALVADOR

Tutores e banhistas devem adotar cuidados para bom convívio com cães

Legislação municipal determina o uso permanente da guia em praias e parques da capital

Luis Carlos com o cão Mab
Luis Carlos com o cão Mab -

Com a chegada do Verão, as praias ficam mais cheias e aumenta o risco de incidentes diversos, como os que envolvem o convívio entre banhistas e cães com seus tutores. Um Termo de Ajustamento de Conduta garante o acesso dos animais ao espaço, mas a Lei Municipal 9108/2016 estabelece regras, nem sempre cumpridas, para a circulação dos cachorros em praias, parques, calçadões e demais ambientes públicos.

Ao longo da semana é comum ver tutores levando seus cães para caminhar na praia, logo no início da manhã, enquanto os barraqueiros ainda organizam seus serviços e os surfistas disputam as ondas. Foi esse o cenário verificado por A TARDE na última quarta-feira, em Piatã e na Pedra do Sal, quando animais de diversos portes davam seus passeios, a maioria deles sempre mantidos na guia, como determina a legislação de Salvador.

Entre as exceções estava Lua, uma american staffordshire de 5 meses, que durante sua caminhada parou próximo a um homem sentado na areia e recebeu um afago sem esboçar estranhamento. Segundo Uriel Matos, 27 anos, esse é o comportamento padrão da cadelinha, por isso a deixa mais livre durante o passeio, mas mantém na coleira no trajeto para casa.

Como Lua não gosta muito de água, então não vai mergulhar sem aviso, sua atenção fica concentrada na interação com outros cães, pois ela sempre quer brincar e nem sempre é bem recebida. O jeito brincalhão também se aplica a pessoas, mas ele percebe que alguns se assustam um pouco por acharem equivocadamente que a raça é agressiva. Sites sobre raças, suas origens e comportamento confirmam o perfil dócil dos american staffordshire.

Sérgio Correia, 33, adota o mesmo procedimento de prender no trajeto e soltar na praia com Luanda, uma pastor belga de 6 anos. Saltitante e receptiva a aproximações, a cadela batizada em homenagem à capital angolana gosta de receber carinho. Nesses casos, geralmente as pessoas perguntam antes se podem passar a mão e brincar, e, segundo seu tutor, esses contatos sempre ocorreram tranquilamente.

Na relação com outros cães, Luanda é medrosa, comenta Sérgio, e prefere não se aproximar, independentemente do porte do animal. Ele recorda ter havido um incidente com cães numa praia de Itapuã, informando que são bichos pertencentes a pescadores. Apesar do susto, ele conseguiu intervir antes que Luanda fosse efetivamente atacada.

A preocupação com outros cachorros é a motivação do casal Marcone e Elenira para nunca deixar o shitzu Marley sem a guia. Com um ano e sete meses, ele gosta mesmo é de ficar deitado na sombra, mas se anima por uns minutos quando alguém se aproxima. Quanto às pessoas, o casal conta que os adultos costumam pedir permissão antes de alisar, mas as crianças nem piscam antes de começar a brincadeira. Ainda assim, nunca houve sustos.

Cautela

Frequentadora do Porto da Barra e alguns pontos da orla, a cabeleireira Amanda Cardoso, 36, não vê problemas na presença de cães nas praias, e acha tranquilo ficarem soltos quando são pequenos, mas se preocupa quando vê animais de grande porte. Ela conta nunca ter vivenciado nenhum incidente, ainda assim sempre diz para o filho de 7 anos não se afastar dos grandes e sempre perguntar antes de se aproximar dos pequenos.

Tutor de um border collie, João Leal, 59, considera a guia indispensável e nunca dispensa o item de segurança nos passeios diários com Joe, de 2 anos e meio. Em sua avaliação, quem conduz os animais precisa respeitar as regras e quem está ao redor deve ter o cuidado de perguntar sobre o comportamento do bicho antes de tocar. Ele garante que Joe é sempre dócil, mas conta já ter visto incidentes envolvendo cães e crianças.

Enquanto a reportagem do A TARDE conversava com João, no Parque dos Dinossauros, um cachorro de porte médio - de raça tida como dócil - passou usando focinheira, ele contou que era um cão conhecido e que costuma ser reativo. “Existem algumas raças que são bonitinhas, peludinhas, como o chow chow, por exemplo. Ele tem aquela cara de ursinho, mas é uma raça mais reservada, ele não gosta de estranho, não gosta de contato”, reforça Aline Quintela, da Comissão de Educação do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia.

Além de sempre confirmar a receptividade do cão, Aline orienta que a aproximação aconteça de maneira cautelosa: “sem falar alto, sem gritar, sem fazer movimentos bruscos”. Aos tutores ela alerta: “não é porque o cão é obediente, porque o cão é bonzinho que ele pode andar solto. Esse cuidado evita acidente para o próprio cão e para os outros transeuntes”.

Fiscalização

A Lei 9108/2016 estabelece que a guia é obrigatória para todos os cachorros. Para os cães de guarda, raças bravas e animais de grande porte também é necessário usar focinheira. A legislação determina sanções que variam de advertência a multa para quem descumprir as regras estabelecidas, mas não define a quem caberia a fiscalização dos artigos do capítulo II, que trata da circulação de animais de estimação de todas as espécies.

Não há um órgão municipal específico para a fiscalização, mas a Guarda Civil Municipal (GCM) pode atuar caso flagre situações de perigo, de acordo com o informado pela assessoria de comunicação da GCM. Diretora de Proteção Animal da Secretaria de Sustentabilidade, Resiliência e Bem-estar de Salvador (Secis), Michelle Holanda disse que a pasta realiza ações educativas com os protetores de animais para incentivar o cumprimento das regras, além de orientar com placas nos parques sob gestão da Secis - Jardim Botânico e Parque da Cidade.

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