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SALVADOR

UFBA cria Grupo de Trabalho para implantar curso de cinema

Por Thiago Fernandes

15/06/2007 - 19:31 h

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) deu início oficialmente nesta sexta-feira, 15, à discussão para a implantação de seu curso de Cinema e Audiovisual. O debate sobre o assunto foi concentrado no seminário "Cinema Ufba", realizado no salão principal da reitoria da Universidade e marcou o início do Grupo de Trabalho (GT) que deverá apresentar até novembro um documento com as recomendações a serem adotadas para o início do funcionamento e manutenção do novo curso, que ainda não tem prazo para implantação.

O encontro contou com a participação de representantes de outras unidades de ensino do país que contam com cursos na área, como a presidente do Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual (Forcine), Maria Dora Mourão. Para ela, a criação do curso reflete a maior importância que a sociedade atual tem dado às manifestações audiovisuais. "Esse é o mundo em que vivemos hoje. Todos têm acesso tanto ao consumo quanto à produção de audiovisual. Uma escola de cinema tem como principal papel qualificar esse conhecimento que vem sendo produzido na prática", diz.

Para o professor do curso de cinema da PUC do Rio, João Barone, o Brasil deve tomar como referência o fenômeno observado na Europa nas décadas passadas. Ali, o investimento em cursos de qualificação na área resultou numa retomada na qualidade da produção e também do público de cinema. "Todos os países que têm produção significativa têm tradição na formação de seus cineastas e outros técnicos da área", diz.

Maria Dora defende ainda que o modelo de curso a ser adotado pela Ufba tome como parâmetro as experiências observadas e acumuladas pelos cursos em funcionamento no país. "É importante não copiar, mas sim buscar esses modelos e recriá-los, baseado na realidade e nas necessidades locais". Com relação ao mercado para o profissional, ela acredita que a existência de mais uma escola de cinema tem o potencial de ampliar a oferta de trabalho na área, desde que esse seja o perfil escolhido para o curso. "De qualquer forma, é importante ver que a formação deve atingir todos os profissionais da cadeia de trabalho, tanto num nível técnico quanto universitário", defende.

O pensamento da presidente do Forcine é também compartilhado pelo coordenador do Grupo de Trabalho da Ufba, o professor da Faculdade de Comunicação Umbelino Brasil. "A nossa intenção é ouvir o maior número possível de interessados e também a experiência tanto de cursos antigos e mais tradicionais quanto daqueles mais novos e trazer isso para a nossa proposta", diz. Para levar adiante essa intenção, ele informa que o GT vai realizar encontros constantes, tanto com pesquisadores da área quanto de profissionais do mercado, inclusive com uma nova rodada de debate público, em data ainda a ser definida. Além de Umbelino Brasil, fazem parte do GT, Noélia Araújo, do Instituto de Letras, Adriane Bitencourt, da Faculdade de Dança, Luis Marfuz, de Teatro, e Elisabete dos Santos, da Pró-Reitoria de Extensão.

De acordo com Umbelino Brasil, ao criar o novo curso, a intenção da Ufba não é criar uma competição com aquele já existente na Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) e sim ampliar a oferta de profissionais e pensadores para esse mercado. "A FTC já formou uma quantidade significativa de profissionais, que estão inseridos no mercado. Já vimos que há uma demanda da sociedade por essa formação", diz.

Brasil ressalta ainda que a implantação traz consigo também a característica de resgate da história cinematográfica baiana. Essa opinião é compartilhada pela professora do curso de audiovisual da Universidade de Brasília, Érika Bauer. "Quando Edgar Santos fundou a Ufba, deu uma grande ênfase às escolas de artes, tanto que aqui temos os cursos de teatro, dança, música e artes plásticas, mas deixou de fora o cinema", conta.

Uma das preocupações levantadas durante o seminário diz respeito à forma de manutenção do novo curso, que demanda investimento em pessoal, equipamentos para produção (câmeras, ilhas de edição) e insumos (principalmente filmes negativos). De acordo com o professor do curso de cinema da Universidade Federal Fluminense Leocádio da Nova, essa questão é um obstáculo para todas as escolas em funcionamento no Brasil. "O custo é significativo e a solução não é outra se não a parceria com produtoras e outras empresas da indústria cinematográfica local", diz.

Maria Dora aponta que o modelo de parceria é adotado em praticamente todas as escolas de cinema do mundo. "É uma forma de não só viabilizar os projetos, mas de levar a escola para mais próximo do mercado", diz. O futuro curso da Ufba não deverá ser diferente. "A nossa intenção é manter um diálogo constante com a sociedade, tanto durante a implantação e depois que o curso estiver em funcionamento", finaliza Umbelino Brasil.

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