SALVADOR
Vila Caramuru terá novo projeto para a cobertura
Por Yuri Pastori

Toda a cobertura principal da Vila Caramuru (antigo Mercado do Peixe), no Rio Vermelho, foi retirada como precaução, após parte da lona que envolvia seis quiosques ter se rasgado e o telhado de um deles ter ficado danificado, em virtude das fortes chuvas que caíram na terça-feira, 3, na capital.
Um novo projeto será concebido - sem previsão de implantação -, segundo o secretário municipal de Manutenção, Marcílio Bastos.
"Vamos analisar o laudo dos engenheiros da Codesal e da Secretaria Municipal de Manutenção (Seman) para saber o que ocorreu. A execução só será autorizada com novos parâmetros e feito com material que suporte todas as estações do ano. Vamos também rever o tensionamento", disse.
Ele explicou que a lona é a mesma utilizada em outras orlas do Brasil, mas, como rasgou, precisa de ajustes. "A estrutura e a fundação estão preparadas para suportar até 130 km/h de vento, não há risco", disse ele, quanto à segurança da população com o restante da estrutura que foi mantida.
A equipe de A TARDE visitou o local na tarde desta quarta, 4, e toldos provisórios estavam sendo instalados para que o funcionamento dos estabelecimentos não seja prejudicado. O espaço ficou interditado por 24 horas para que fosse periciado.
Os comerciantes que tiveram seus quiosques afetados relataram que não houve prejuízos, pois muitos já têm o costume de fechar os quiosques na terça.
"Eu abri na terça, pois já tinha agendado dois eventos. Fechei hoje (quarta-feira), para dar folga aos funcionários, mas não tive perdas. Foi um acidente, um raio atingiu a lona. Estamos satisfeitos com o espaço aqui, após a reforma", contou Antônio Barreto, proprietário do Country Grill Bar.
"A água da chuva entrou pelos trilhos da porta, mas não chegamos a perder nada", contou o barman do Pai Inácio - Cozinha Gourmet, Eduardo Henrique, 28.
O secretário, a partir da análise feita pela equipe técnica, não acredita que um raio tenha rasgado a lona. "Fizemos estudos do comportamento do vento na cidade, há áreas altas, baixas e bolsões de ar, mas o material não deveria rasgar. A empresa foi notificada e o município não terá prejuízos. O custo da recuperação será da empresa que executou a obra", explicou. A intervenção custou R$ 4 milhões e foi inaugurada no dia 1º de abril após seis meses de execução pela empresa Nova Era.
Ondas
Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a previsão até sexta, 6, é que a altura das ondas varie de 1,4 m a 1,8 m, o que é considerado fraco. Já a velocidade dos ventos, quarta, no fim da tarde, era de 11 km/h.
"O quebra-mar foi fortalecido para conter as ondas do mar na região. Temos que estar sempre observando e monitorando o clima e a mudança de posição do vento", disse o titular da pasta.
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