SALVADOR
Zoológico arrecada tampas de garrafa PET
Por Raíza Tourinho l A TARDE
Não foi possível viajar e a solução é tentar encontrar opções de lazer na capital? Apreciado pelas crianças, o Jardim Zoológico de Salvador, neste final de semana, está aceitando colaboração de seus visitantes. O pedido é simples: leve tampinhas de garrafas PET.
A campanha, conhecida como Catazoo, pretende arrecadar cerca de dois milhões de tampinhas para construir o sistema alternativo de filtragem de cinco tanques de água do parque. Os tanques são necessários, uma vez que há no local animais que utilizam grande quantidade de água, como hipopótamos, jacarés e aves de rapina.
Sem a utilização deste material na reciclagem, o sistema de filtragem necessitaria de um tipo de plástico fabricado nos Estados Unidos, o que elevaria os custos para cerca de R$ 3 milhões para o zoológico. É uma questão de preservação do meio ambiente: utiliza-se algo que iria para o lixo, para fabricar filtros biológicos, ressalta a coordenadora de educação ambiental do Jardim Zoológico, Yólene Almeida.
Além do reaproveitamento das tampinhas, o método de filtragem ajuda a reutilizar cerca de 200 mil litros de água durante seis meses. Sem ele, este volume era consumido em 15 dias. No tanque do hipopótamo, por exemplo, trocávamos os 150 mil litros de água duas vezes por semana, conta o coordenador do Zoológico de Salvador e criador do projeto, Gerson Norberto.
Com a implantação do filtro de tampinhas, Gerson relata que a necessidade da troca demora mais e é possível economizar maior quantidade de água. Os filtros biológicos, produzidos com a arrecadação de 400 tampinhas, foram instalados no tanque do mamífero e no tanque do macaco-prego, conta o coordenador. A previsão é que até o final de 2011 todos os cinco tanques do zoo estejam com o novo equipamento.
Funcionamento - No sistema de filtragem, de acordo com o coordenador do zoo, as tampinhas funcionam como esqueleto que aloja bactérias anaeróbicas organismos que não precisam de oxigênio para sobreviver . Elas digerem as partículas de matéria orgânica que passam pela peneira na primeira fase de filtragem, explica.
Além do zoo, as tampinhas são coletadas em quatro postos do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), nas secretarias estaduais de Administração e Meio Ambiente, no CAB, e na Escola Lápis de Cor , na Pituba.
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