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BAHIA

Cidade deve fazer bem para corpo e mente

Por Bruno Luiz | Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE

28/10/2019 - 7:33 h
Instalação de academias ao ar livre é política recente
Instalação de academias ao ar livre é política recente -

As políticas públicas para Esporte e Lazer precisam deixar de ser tratadas como “sobremesa” em Salvador. A reclamação de César Leiro, professor de educação das universidades Federal da Bahia (Ufba) e do Estado da Bahia (Uneb), trata da necessidade de que as áreas sejam vistas pela gestão municipal com importância semelhante às da Saúde, Educação e Mobilidade Urbana, por exemplo. Uma questão a ser resolvida pelo próximo prefeito da cidade, como mostra a reportagem de hoje do Olhar Futuro.

Equipamentos têm que levar em conta não só os esportes de maior visibilidade

Acompanhamento

Professor de Educação Física na Ufba, José Ney do Nascimento Santos explica que a preocupação com equipamentos de esporte e lazer, como academias ao ar livre, quadras poliesportivas, parques e praças, só surgiu na cidade na década de 1980. Mesmo assim, as ações foram pontuais.

Com a falta de oferta, a população encontrava nas praias a principal opção para se distrair, realidade ainda vista atualmente.

De acordo com Santos, somente nos últimos 10 anos a cidade passou a ter espaços e aparelhos com concepção mais moderna, que pensem na ergonomia, na acessibilidade e necessidades específicas da população.

O pesquisador reconhece o esforço da atual gestão, do prefeito ACM Neto, em aumentar a quantidade de equipamentos.

“Você encontra quadras poliesportivas, equipamentos de lazer para atender ao segmento mais jovem, parques infantis, academias. A população tem utilizado esses espaços. Isso era uma necessidade do público”, afirma o especialista.

É necessário que profissionais acompanhem exercícios para evitar lesões

Apesar da ampliação, que deve ser continuada pelo próximo gestor, salienta Santos, é necessário o desenvolvimento de um programa de acompanhamento profissional para as pessoas que usam os aparelhos. Isso é necessário para evitar que haja um “problema de saúde pública”.

“É necessário que profissionais de educação física acompanhem o público na realização dos exercícios para evitar que haja lesões causadas por uso inadequado dos equipamentos”, alerta o pesquisador.

Para isso, ele pretende entregar aos futuros candidatos a prefeito um projeto chamado Salvador Saudável, que vai oferecer uma parceria da Ufba com a prefeitura, aberta para participação de outras universidades, visando disponibilizar profissionais que orientem as pessoas na realização dos exercícios.

PRINCIPAIS DESAFIOS

Ações

Uma das formas de fortalecer a política de Esporte e Lazer é investir na formação especializada de profissionais da área e também na criação de espaços e equipamentos que contemplem as diversas necessidades da população, avalia Leiro.

Coordenador do Centro de Pesquisas em Políticas de Esporte e Lazer (CDPPEL) da Ufba, o professor explica que é importante realizar concursos públicos para a contratação de profissionais de educação física que atuem em escolas, na formalização de ações e no acompanhamento da população.

Além disso, a ampliação e manutenção dos atuais equipamentos deve abarcar o que ele chama de “culturas corporais”: jogos, lutas, danças, esportes, entre outras atividades.

“Os equipamentos de esporte precisam levar em consideração não só os esportes com maior visibilidade na mídia, mas os menores. Eles são muito voltados, sobretudo, à monocultura do futebol”, critica.

O professor vai ainda mais longe e propõe que os próximos vereadores da capital baiana criem um sistema municipal de Esporte e Lazer. Ele consistiria em um fundo para financiar políticas municipais, no fortalecimento do Conselho Municipal de Esporte e Lazer e na formação permanente de profissionais da área.

Parques

Também parte das opções de lazer, os parques públicos são áreas verdes que beneficiam a qualidade de vida, no sentido “físico, espiritual, mental e social”, segundo Maria Angela Cardoso, arquiteta que pesquisa na Ufba este tipo de equipamento.

Na cidade, há quatro deles: o Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, o Parque Metropolitano Lagoas e Dunas do Abaeté, o Parque da Cidade e o Parque São Bartolomeu, estes dois últimos administrados pelo governo municipal. De acordo com Maria Angela, é preciso ter políticas para evitar que os espaços sejam invadidos por construções urbanas. “Salvador é uma cidade de poucos parques públicos, e estes cada vez mais vêm sofrendo redução na permeabilidade. Desconheço alguma política pública em exercício”, ela critica.

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