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PRISÃO

Empresário é preso na Bahia por fazer 40 mulheres de escravas sexuais

Homem foi localizado e preso, na última quarta-feira, 24

Por Da Redação

26/01/2024 - 10:17 h | Atualizada em 26/01/2024 - 10:47
Prisão foi resultado de uma investigação desenvolvida pela Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual (DECVS) em Belo Horizonte=
Prisão foi resultado de uma investigação desenvolvida pela Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual (DECVS) em Belo Horizonte= -

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou a operação Aracne para cumprir o mandado de prisão de um empresário de 34 anos, acusado de praticar crimes sexuais contra cerca de 40 mulheres. O homem foi localizado e preso, na última quarta-feira, 24, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Na ação, os policiais civis ainda apreenderam dispositivos eletrônicos e o aparelho celular do homem.

A prisão foi resultado de uma investigação desenvolvida pela Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual (DECVS) em Belo Horizonte (MG), que aponta que o homem estuprou uma mulher e obrigava a vítima, de 38 anos, a se prostituir e a filmar as relações sexuais com os clientes. Pelo que foi apurado, os vídeos eram vendidos em plataformas de pornografia.

Apontado como empresário de uma rede de cosméticos de Camaçari, ele é suspeito de praticar, por cerca de quatro anos, vários crimes. O homem já foi investigado e indiciado em 2016 por aliciar e fazer cerca de 40 mulheres escravas sexuais na Bahia. Ele foi levado para o sistema prisional e está à disposição do Poder Judiciário baiano.

De acordo com a delegada Larissa Mascotte, que preside o inquérito policial instaurado em janeiro deste ano, quando uma vítima procurou a delegacia na capital mineira, os crimes estariam sendo praticados desde 2020.

Imagem ilustrativa da imagem Empresário é preso na Bahia por fazer 40 mulheres de escravas sexuais
| Foto: Divulgação

“Ao acionar a Polícia Civil, a mulher relatou que em setembro de 2020 ela foi morar na cidade de Camaçari e na época foi procurada pelo investigado, via WhatsApp, oferecendo a vítima a possibilidade de fazer fotos nuas sem a divulgação do rosto dela. Diante da fragilidade emocional e também necessitando do dinheiro, ela acabou aceitando fazer as fotos, pensando que receberia o dinheiro e encerraria esse ‘contrato’. Porém, esse empresário que se passava por mulher para ganhar a confiança da vítima, de posse do material, começou a ameaçá-la, divulgando esse conteúdo”, explicou a delegada.

Larissa Mascotte detalhou como os fatos ocorreram: “Em um encontro presencial, o investigado comete um estupro, filma o crime, reunindo mais material pornográfico da vítima, e intensifica as ameaças. Ele ainda pega o celular dela, instala um aplicativo espião e passa a exercer total controle da vida da mulher. Ele teve acesso a chamadas telefônicas, mensagens, aplicativos, redes sociais, localização, inclusive a escuta ambiental, da vítima”.

Delegada Larissa Mascotte, que preside o inquérito policial
Delegada Larissa Mascotte, que preside o inquérito policial | Foto: ASCOM-PCM

Segundo a delegada, a mulher ainda foi levada, de forma coercitiva, a ser uma profissional do sexo sem receber nada em troca. “Com cem por centro de controle sobre ela, o suspeito começou a fazer da vítima uma escrava sexual, obrigando-a a fazer programas sexuais com outras pessoas, sem repassar qualquer valor para ela”, relatou.

A equipe da PCMG ficou na Bahia por quatro dias até localizar e cumprir o mandado de prisão do investigado.

Entre os crimes que o suspeito poderá responder, estão: indução ao suicídio, perigo para a vida ou saúde de outrem, extorsão, estupro, perseguição (ou stalking), violência psicológica, invasão de dispositivo informático alheio, registro não autorizado da intimidade sexual, divulgação de cena de sexo ou de pornografia, mediação para servir a lascívia de outrem com emprego de grave ameaça, rufianismo e favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual.

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