Estudantes de Agronomia da Uneb fazem apitaço em Juazeiro

Estudantes, professores e funcionários do curso de Agronomia da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Campus III, em Juazeiro (500Km de Salvador), realizaram manifestação com apitaço em frente à universidade e pelas ruas da cidade nesta terça, dia 08. Eles cobram providências por parte do Reitor Lourisvaldo Valentim diante de descaso para com o Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais de Juazeiro. Em panfleto distribuído para a população durante passeata, os manifestantes cobram uma visita do reitor para verificar “a real situação de abandono e precariedade em que se encontram as estruturas físicas do Departamento”.

A mobilização foi definida depois da terceira Assembléia Conjunta com o objetivo de chamar atenção da população para os problemas enfrentados pela comunidade acadêmica, pedindo apoio “nesta luta justa que não é apenas nossa, mas sim de toda a comunidade juazeirense em prol da criação da Universidade Estadual do São Francisco, prevista nos dispositivos transitórios da Constituição do Estado da Bahia de 1989”. Para os estudantes, a universidade deveria ter sido criada desde 1995 e até hoje nada foi feito nesse sentido.

Para o estudante Fabiano Almeida de Oliveira, que é do sudoeste baiano e está no sexto período de Agronomia, a situação exige medidas emergenciais. “Não é possível que um curso com conceito 4 numa escala de 5 pontos, funcione sem condições de aula prática decente, que os veículos que poderiam estar em atividade estejam parados sendo que o mais novo é de 30 anos atrás e tudo que temos chance de conseguir venha através dos recursos para projetos científicos”, desabafa.

O estudante diz que é necessária a atenção por parte das autoridades políticas, principalmente, porque a luta é pela melhoria da instituição como um todo. “Somos responsáveis por 70% da produção científica de todo o campus e nem assim temos recursos suficientes”, afirma.

A verba que chega ao Departamento de Tecnologia e Ciências Sócias em Juazeiro anualmente é de R$ 280 mil, considerado insuficiente, mesmo com a perspectiva de reajuste para R$ 300 mil.