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Homem é condenado a mais de 26 de prisão por estuprar e matar ex

Homem ainda forjou cena do crime para parecer que vítima tinha cometido suicídio

Publicado terça-feira, 30 de abril de 2024 às 17:00 h | Atualizado em 30/04/2024, 17:02 | Autor: Da Redação
Ex-companheiro estuprou e matou Cíntia, além de forjar a cena do crime para parecer que ela tinha cometido suicídio
Ex-companheiro estuprou e matou Cíntia, além de forjar a cena do crime para parecer que ela tinha cometido suicídio -

Um homem foi condenado a 26 anos e oito meses de prisão, por estuprar e matar a ex-companheira, na cidade de Paulo Afonso. O julgamento foi realizado na última quinta-feira, 25, e divulgado nesta terça, 30, pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Segundo o MP-BA, após estuprar Cíntia Maria da Silva, no dia 10 de novembro de 2020, no período da manhã, Carlos Antônio dos Santos asfixiou a vítima no interior da sua residência, localizada no bairro Moxotó. “O réu praticou estrangulamento, por meio de um laço feito com um lençol e com sua força muscular, causando a morte de Cíntia Maria por asfixia mecânica”, revelou o MP, através de nota.

Ainda de acordo com a entidade, consta ainda nos autos que, para que o crime não fosse descoberto, o réu modificou a cena do crime, forjando uma situação de suicídio por parte de Cíntia e apagando as marcas da violência deixadas em objetos. O MP-BA informou que Carlos Antônio amarrou um lençol na coluna da escada e declarou ter presenciado a vítima suspensa, dizendo que teria agido para retirá-la da suspensão, ao chegar em casa, à noite, cortando o tecido com uma faca.

“O crime foi cometido em razão de a vítima ter decidido terminar o casamento, bem como pelo fato de ter recomeçado a vida com um novo emprego, dando início a outro relacionamento amoroso”, destaca a nota do MP-BA.

Julgamento foi realizado na última quinta-feira, em Paulo Afonso
Julgamento foi realizado na última quinta-feira, em Paulo Afonso |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

Após a polícia solucionar o caso e descobrir que a morte de Cíntia não tinha sido resultado de um suicídio, uma operação foi realizada em 22 de dezembro para cumprir mandado de prisão expedido contra ele, no entanto não foi encontrado. Carlos Antônio só foi preso em 13 de janeiro de 2021, mais de dois meses após o crime, também em Paulo Afonso.

Na sentença, o juiz Dilermando de Lima Costa Ferreira determinou que o réu cumpra a pena em regime fechado, em razão do estupro seguido de feminicídio com asfixia e por motivo torpe, além de ter alterado o local do crime, praticando a fraude processual. Além da prisão, Carlos Antônio dos Santos foi condenado a pagar 30 dias/multa, sendo o valor de cada dia calculado em 1/30 do salário mínimo vigente na época do crime.

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