BAHIA
Jacaré gera debate sobre segurança em lagoa de Pituaçu
Por Rayane Araújo

A "visita" de um jacaré de dois metros ao campus da Universidade Católica do Salvador (UCSal), ao lado do Parque de Pituaçu, no último dia 12, levantou questões quanto à segurança de frequentadores do local.
Para o professor do curso de biologia da UCSal Moacir Tinoco, não há perigo para frequentadores do parque nem para a comunidade acadêmica do campus.
"A alimentação principal desse réptil é peixes. Ele só ataca humanos quando se sente ameaçado", esclarece.
O animal foi encontrado por funcionários da faculdade que, de acordo com o professor, são treinados para lidar com este tipo de situação.
"Quando um bicho sai de dentro da mata do parque, há pessoas capacitadas para interagir com ele", disse o professor, que adverte as pessoas para jamais tocarem em animais silvestres.
O "visitante" não convidado era uma fêmea da espécie jacaré-anão e foi o primeiro deste porte a aparecer, segundo ele, em 15 anos. Para o especialista, isso ocorreu porque algumas lagoas do parque secam no verão. O jacaré já foi devolvido à lagoa principal.
Para o estudante Antônio Marcos Ferreira, o episódio causou alvoroço. "Da minha parte, houve um temor, mas agora já estou tranquilo", diz.
Frequentadores
A equipe de A TARDE foi a Pituaçu, nesta quarta-feira, 17, ouvir frequentadores do parque. O porteiro Ueslei Oliveira, 34, que diariamente frequenta o local com a filha, afirma que, após o episódio, a preocupação é evidente: "Outro dia, mudei o roteiro que estava fazendo com minha família ao lembrar do jacaré".
Ele ainda ressalta conhecer pessoas que "deixaram de alugar bicicletas por medo do acontecido". Porém, nem todos compartilham da mesma opinião.
O fotógrafo John Souto, 51, conta nunca ter visto um jacaré no local, mas diz que, se acontecesse, ia gostar e tirar fotos do bicho. "É o habitat natural dele, temos que respeitar", opina.
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