BAHIA
Morto traficante chefe de facção criminosa
Por Andrezza Moura

Os traficantes Ricardo Silva dos Santos, o Babão, apontado pela polícia como um dos chefes da facção criminosa Comando da Paz, e Darkson Santos foram mortos, nesta sexta-feira, 25, em operação conjunta entre as polícias Civil, Militar e Federal, além do Ministério Público da Bahia.
Babão tinha um laboratório de refino de drogas na Cidade Nova e comandava o tráfico em Portão, Lauro de Freitas, além de atuar em Brotas, Ondina e Cosme de Farias. O traficante foi responsável por duas chacinas e pela morte de uma criança.
A ação, que contou com mais de 300 policiais, foi realizada nos bairros de Brotas, Cosme de Farias, Cidade Nova e Liberdade, em Salvador. Babão era um dos homens mais procurados pela polícia e foi morto na Operação Héctor, no bairro da Cidade Nova.
Darkson Santos morreu em confronto com a polícia, em Cosme de Farias. Outros 12 suspeitos foram presos na megaoperação, além de três adolescentes apreendidos.
A única mulher do grupo, Tamiris Natália Lima da Silva, 22, era companheira de Babão e alegou estar grávida dele. De acordo com o secretário da Segurança Pública do Estado (SSP/BA), Maurício Barbosa, o intuito da operação era cumprir dez mandados de prisão e 30 de busca e apreensão e prender os responsáveis pela chacina ocorrida em dezembro do ano passado, na Baixa do Tubo, Cosme de Farias.
Na época, a ação dos criminosos deixou três mortos e sete feridos. "O foco desta operação é tirar de circulação elementos ligados ao narcotráfico. Estamos em cima das lideranças, inclusive das que se encontram na detenção", assegurou Barbosa.
Para o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Arthur Gallas, "eles (os criminosos) são elementos de alta periculosidade e não podem ficar soltos". O saldo da operação foi apresentado na tarde de ontem, na sede da SSP, no CAB.
"Há outras quadrilhas sendo investigadas. Nosso foco é desmontar todas elas e melhorar a segurança pública no estado", declarou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro.
Também foram presos Rafael Almeida, Eric Santos Argolo, o Lourinho, ambos de 18 anos, Edvan Argolo, 26, Luiz Henrique Soares dos. Santos, o Da Lua, Tiago da Silva Pontes, o Cupim, 22, Igor Gonzaga dos Santos, 19, Daniel Pinheiro Rabelo, 26, o policial reformado Jorge Rabelo, Gilson Ferreira dos Santos Filho, 20, José Paulo Gomes Lima, 23, e Abrão Santos - além de três adolescentes.
Os policiais apreenderam 19 armas, entre submetralhadoras, pistolas e revólveres, e 25 quilos de drogas e materiais para refino. Segundo o major Washington, da Operação Gêmeos, a apreensão vai gerar um prejuízo em torno de R$ 300 mil a R$ 400 mil para a quadrilha.
Laboratório - Babão se encontrava refugiado na Cidade Nova. Após enfrentar a polícia e admitir que não se entregaria, segundo o major Washington, Babão foi atingido diversas vezes e morreu no local.
A ele a polícia atribuía diversos crimes, inclusive uma chacina ocorrida em outubro de 2011, em Portão, em disputa por ponto de tráfico com o rival, Diego da Silva, o Chalalau, na qual cinco pessoas foram assassinadas, entre estas uma adolescente de 14.
O bando liderado por Babão também estaria por trás da morte de uma criança de 11 anos, em dezembro de 2012, e por balear sete pessoas, no início deste mês. Na mesma ação, uma pessoa morreu.
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