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PF cumpre mandados de reintegração de posse em assentamento do MST

Jaqueline Suzarte

Por Jaqueline Suzarte

25/11/2019 - 9:51 h | Atualizada em 25/11/2019 - 10:05
Reintegração de posse foi no terreno da Codevasf | Foto: Cidadão Repórter | Via WhatsApp
Reintegração de posse foi no terreno da Codevasf | Foto: Cidadão Repórter | Via WhatsApp -

A Polícia Federal (PF) cumpre mandados de reintegração de posse na manhã desta segunda-feira, 25, nos municípios de Juazeiro e Casa Nova. A terras pertencem à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e eram ocupadas por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

As localidades, conhecidas como Acampamentos Irani I, Irani II e Abril Vermelho, têm aproximadamente aproximadamente 1727 hectares (19 lotes).

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Segundo informações do Departamento de Comunicação Social da PF, o início da ocupação aconteceu em 2012, quando a área já havia sido destinada ao Projeto de Irrigação Salitre. No mesmo período, a Codevasf entrou com uma ação judicial pedindo a reintegração de posse, sendo que o cumprimento do processo judicial só chegou à fase de sentença em 2019.

A Justiça Federal de Juazeiro foi responsável por expedir a decisão da retomada de posse, que determinou ao Incra o assentamento das pessoas que ocupavam irregularmente a área da instituição.

A ação tem a participação do COT, CAOP, Polícia Rodoviária Federal, GPIs da BA, PB, CE, SE, TO, MG e MA, Codevasf, Polícia Militar da Bahia e Pernambuco e Corpo de Bombeiros Militar-BA.

Trabalhadores denunciam violência

Apesar da Polícia Federal informar que a desocupação ocorreu de maneira pacífica e a Codevasf tenha disponibilizado ônibus para levar as famílias até uma nova área destinada, além de caminhões para conduzir os bens pessoais um novo local, os trabalhadores sem terra alegam que foram forçados a sair.

"Não foi pacífica. Um companheiro foi baleado na cabeça e eles acabaram com o acampamento. Nos assentamentos que foram desfeitos, eles produziam 7.200 toneladas de alimento por ano. Eram frutíferas, tinha manga, goiaba, uva, melancia, batata doce, aipim, acerola. De forma direta e indireta, mais de 5 mil trabalhadores, que trabalhavam nas lavouras. Os acampados ficavam no projeto Nilo Coelho", afirma o responsável pelo setor de comunicação do MST, Jobson Passos Lopes.

Segundo as informações do movimento, foram feitos acordos que respaldavam a permanência dos trabalhadores no local.

"Eles estavam nesta área, porque já tinha tido uma conversa. Foram os acordos firmados com o Incra, ouvidoria agrária, Governo do Estado e a Codevasf. Eles estão descumprindo tudo isso, porque a bandeira dos governos agora é acabar com os movimentos sociais, inclusive a luta pela reforma agrária e o MST. As famílias, segundo os acordos, se saíssem de lá iriam sair para uma outra área que a Codevasf iria comprar. Só que até o momento não tem área comprada pela Codevasf, as famílias estão desoladas, sem saber para onde ir. A gente percebe que o governo quer acabar com o sonho do trabalhador rural, com o trabalhador sem terra", explica Jobson.

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