DISCUSSÃO
Presidente do TRE questiona 'filiação' de juiz eleitoral; veja o vídeo
Roberto Frank citou o juiz eleitoral Pedro Godinho por ser filho de ex-vereador
Por Da Redação

Durante a sessão de julgamento do processo de desfiliação partidária do vereador Carlos Muniz (PTB), o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), desembargador Roberto Frank, e o juiz eleitoral Pedro Godinho entraram em uma discussão por conta de uma citação ao pai de Godinho (veja o momento abaixo).
O presidente do TRE-BA inicia sua fala dizendo que levantará uma questão objetiva, e logo em seguida fala sobre o pai de Godinho, que foi candidato a vereador nas eleições de 2020. A situação gerou constrangimento na sessão e fez com que a pauta do julgamento ficasse em segundo plano.
“O desembargador Godinho é membro do Tribunal, filho do candidato a vereador Pedro Godinho, que concorreu…”, disse Frank, antes de ser interrompido pelo colega em plenário: “Eu estou sem defesa. Você está insistindo, entrando em um mérito que não é para entrar”, questionou o o juiz eleitoral.
Logo na sequência, Roberto Frank retomou palavra e alegou que em outros momentos Godinho não havia se mainfestado, e o fez apenas quando ele estava com a palavra.
“Eu acho que a Corte deveria ser poupada dessa questão que foi trazida. Este é o meu posicionamento. Acho que o Tribunal deveria ser poupado deste tipo de questionamento. Antes de me posicionar e, em tese, como todos se manifestaram antes de mim. Quando o desembargador Buratto se manifestou pela rejeição, vossa excelência não fez questão de se manifestar. Mas, adiantando que eu entendo que é questão objetiva, a minha tendência é acompanhar a manifestação do desembargador Marcos Lêdo. Como presidente desta Corte que sou, eu acho que o Tribunal deve ser poupado destas questões”, frisou Frank.
Pedro Godinho rebateu. “Estou dizendo que não estou nem sabendo do que se trata isso aí. Fui surpreendido trazendo essa situação aos autos, através de vossa excelência desembargador Buratto. De repente, todo mundo parecia que ia ser com o relator, de repente o doutor Marcos Lêdo pediu vista e está dando esse imbróglio aí. Eu peço que haja suspensão e a legalidade de tudo isso”, apontou.
A votação do julgamento foi suspensa na sequência e Roberto Frank pediu “celeridade” ao relator, o desembargador Vicente Buratto, no encaminhamento do processo para evitar que a imagem do Tribunal não seja “exposta”.
Confira o trecho do julgamento:
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